domingo, 31 de julho de 2016

O sucesso repentino de Stranger Things



Quando uma série é realmente boa não é de se estranhar que logo uma febre passe a atingir todo um publico ligado no universo das séries, geralmente este é um processo rápido que logo se espalha num período equivalente a algumas semanas, e se for uma série revelação de boa qualidade mesmo, este período ocorre em questão de dias, principalmente quando se é uma série que é disponível integralmente por temporada como ocorre com as produções da Netflix, em que um telespectador consegue ver uma temporada em questão de poucos dias ou, dependendo da duração e de quão boa ela é, em questão de horas.  Foi o que ocorreu com Stranger Things, a estréia foi um estouro e não demorou muito até que as redes sociais estivessem recheadas de comentários e memes a respeito. Eu vi que a série ia estrear e me interessei, mas era um plano futuro até colocar em dia as outras que acompanho, mas isso não aconteceu pois a curiosidade foi maior, não aguentava mais ver tanta gente comentando e tantos memes sem que eu compreendesse, cheguei a acessar o Facebook certo dia e de dez posts que eu via, oito eram referentes a série, foi o bastante para reservar esse final de semana para assistir e levar menos tempo do que esperava.



A série não é muito longa, ela se resume a oito episódios em torno de 40/50 min, cada episódio, um capítulo, e todo o mistério tem um ponto inicial a partir do sumiço de um dos personagens, o qual dá o nome ao primeiro capítulo, intitulado de "O desaparecimento de Will Byers", o sumiço do menino mexe com toda a cidade, pois envolve várias questões que vão se mostrando no decorrer dos capítulos. É uma história voltada ao universo infantil, mais especificamente no período dos anos 80, portanto, quem for dessa época vai curtir a série não só por sua qualidade, mas também se encantar em tom nostálgico pelos detalhes provenientes dessa época e também pelas infinitas referências, que vão desde E.T.-o extraterrestre (foram as referências que eu achei mais nítidas) num clima mais descontraído e divertido, até o filme Alien, num tom mais aterrorizante. Claro que conhecer pelo menos algumas obras que inspiraram a série a torna bem mais interessante, mas o enredo encantador cativa a qualquer um, seja aos que vivenciaram ou simpatizam por essa época até o público mais novo, que se mostrou muito envolvido e empolgado com a produção, que posso dizer que chega a lembrar bastante os filmes do Spielberg. E as referências não param por aí, além dos já citados, pode se observar influências de filmes como Os Goonies, Conta comigo, Poltergeist, O Iluminado e vários outros típicos dos anos 70-80.



Tenho uma opinião bem positiva da série, gosto muito de produções que envolvem o universo infantil, ainda por cima quando se tem um elenco maravilhoso que faz você se apaixonar ternamente por personagens como o Mike, o amigo fiel e anfitrião dos jogos de RPG em seu porão; Lucas, o corajoso e ao mesmo tempo irritado e ciumento; Dustin (<3), o menino banguela e o mais espalhafatoso, mas ao mesmo tempo o mais racional que mantem o grupo unido e pensa fora da caixa; e Eleven, de uma seriedade encantadora, com poderes sobrenaturais que os ajuda a descobrir o mistério do sumiço de Will, que eu considero o mais introvertido e sensível, e acaba também envolvida no código de fidelidade de amigos, estes os quais apresentam características bem típicas de crianças que sofrem bullying no colégio, que aliás, também é retratado na série. 



Nota-se que a história é totalmente envolta numa atmosfera de ficção científica, da qual souberam juntar bem todas as pontas para que não ficasse parecendo um monte de referências soltas reunidas, referências estas já ditas que foram pensadas como base para o enredo e o cenário. Como já mencionei, apesar de ter uns momentos mais adolescentes, adultos ou tenebrosos, a maior parte da série se concentra nas crianças, e talvez por isso algumas pessoas que se identificam mais com produções mais adultas possa não as interessar tanto, mas é uma ótima série da qual eu indicaria para qualquer pessoa.


sábado, 30 de julho de 2016

Diário de Leitura - Outlander: A viajante do tempo

Antes de escrever minhas primeiras impressões sobre o livro vou relatar como conheci sobre Outlander. Estava um certo dia em um dos grupos que no Facebook, quando  a moderadora posta uma imagem sobre Outlander (a série da TV) e fala que não gostou muito dos livros, mas que a série era muito boa. Então procurei saber sobre a série e acabei assistindo toda temporada em 4 dias, depois fiquei muito interessada para ler os livros já que a série para mim foi agradável e me encantou, portanto os livros seriam melhores na minha concepção, daí resolvi comprar os livros e aqui estou eu lendo e falando sobre eles (Já falei da série aqui), como os livros são bem volumosos decidir falar sobre minhas impressões da leitura através de um diário de leitura, já teria acabado a leitura, mas também estou lendo outras coisas então estou indo com calma nesse livro. Tenho apenas os 6 livros da série, porém desses seis livros 4 são o mesmo livro dividido em duas partes.


Vamos as minhas considerações sobre a leitura.

Até agora li até o fim da parte III de Outlander: A viajante do tempo, que vai da página 11 até 414 estou bem no meio da história, é claro que apesar de não tentar comparar a série com o livro é impossível que durante a leitura não me pegasse pensando "mas isso não tem" ou "isso tá diferente na série", mas posso dizer com certeza a série caprichou e não foge tanto da narrativa do livro ao contrário a complementa e melhora.
Na primeira parte conhecemos a personagem Claire Randall que é quem nos conta a história, portanto tudo que sabemos é através dos relatos de Claire, pois ela é a viajante do tempo, essa viagem no tempo  apesar surreal não deixa nem um pouco a história estranha ela dá um ar de mistério e magia. 

http://outrosite.blogspot.com.br/di%C3%A1riodeleitura

Nessas primeiras 400 páginas conhecemos as personagens e cenários que a história se desenrolará, a autora descreve com destreza as cenas e as personagens tanto que elas parecem realistas, pois a narrativa é um romance de ficção que coloca as personagens em meio a acontecimentos históricos, eu amo livros assim. 
As personagens são muito bem construídas. Existe alguns momentos da narrativa que a torna cansativa, porém não faz o leitor perder o foco, estou gostando muito do desenvolvimento do enredo. Mesmo sabendo o que irá acontecer (por que assisti a série) o livro me surpreende pelo detalhes da narrativa da personagem.
Algumas tradições do povo escocês são apontadas no livro o que achei muito interessante. O romance não é apenas o foco do livro ele em boa parte da história fica como pano de fundo da narrativa e só vai se desenrolar na parte III, porém lemos resquícios dele antes dessa parte. É claro qeu depois ele ganha um foco maior já que o livro é um romance.
É uma leitura fácil e prazerosa. Espero que até o fim continue gostando. 

Sábado que vem posto a segunda parte do diário de leitura, sei que já terei terminado a leitura de todo livro, portanto irei começar o segundo e continuar o diário com a séria toda.


quinta-feira, 28 de julho de 2016

O poço e o pêndulo - Edgar Allan Poe


Projeto de Leitura que visa instigar a leitura através dos contos. Você pode participar  lendo e comentando sobre os contos. Postarei o link do conto da próxima semana ao fim da postagem que será feita toda quinta-feira. Os contos que serão lidos estarão exposto (AQUI), postarei minhas considerações sobre o conto da semana aqui mesmo no Outro Site.

Primeiro conto escolhido O poço e pêndulo  de Edgar Allan Poe

Nesse conto temos um narrador em primeira pessoa e participativo, no foco narrativo vemos o desenrolar da história a partir do ponto de vista dele. Nos é apresentado sentimentos de horror e medo ao nos depararmos com a situação do prisioneiro, esses sentimentos são apresentados ao leitor de forma direta, pela personagem principal.
A história tem como pano de fundo a inquisição, portanto presenciamos personagens secundários como os inquisidores, os torturadores e os libertadores, personagens que não aparecem diretamente na história, mas que o leitor sabe que eles estão presentes nas sombras do conto.
O prisioneiro está  lutando pela vida e contra o tempo, muitas vezes se deixando abater pela situação em que se encontra, as vezes tenta lutar e outras se entregar ao destino que lhe parece eminente. O psicológico abalado faz com que ele não consiga se decidir entre viver ou morrer, pois a tortura física e mental abalam a vontade e a força de resistir, porém presenciamos em alguns momentos sua luta pela vida em meio ao desespero de sua prisão e tortura.
O conto deixa o leitor apreensivo com a situação da personagem principal, o leitor (pelo menos eu) fica agoniado quando imagina a situação do prisioneiro ao se deparar  com o pêndulo descendo, descendo e descendo lentamente. É não apena um conto de horror, mas sim um conto sobre a vontade de sobreviver apesar de perder a esperança por muitas vezes. Quem ainda não leu é um ótimo conto.

E você leu? O que achou? Comenta! :)

Próximo conto >> A causa secreta - Machado de Assis

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Surpresa no Joystick – Bulletstorm

Sabe aquele jogo que quase ninguém conhece, mas você encontra por acaso e acaba adorando? Pois bem, nessa postagem iremos falar de um caso como esse, e será o primeiro de muitos que irei postar aqui no outro site.
O nosso primeiro grande game oculto é Bulletstorm, game de tiro em primeira pessoa, desenvolvido pela people can fly, e publicado pela EA Games em 2011. O game coloca você na pele de um soldado que quer provar sua inocência e desmascarar um comandante corrupto que incriminou o protagonista. Apesar do enredo clichê e pouco inovador, o game consegue ser interessante, pois seu trunfo esta em seu gameplay.





Em Bulletstorm, atirar e matar não são o único objetivo. Aqui você precisa matar com ESTILO! O protagonista tem a disposição uma grande variedade de armas, todas elas exageradas e extremamente destrutivas, para que o jogador promova a maior carnificina possível. Além disso, você ainda conta com o gancho de energia chamado “Leash”, um apetrecho preso ao seu pulso, que possibilita agarrar objetos e ate inimigos pelo cenário e arremessá-los, criando combos de mortes criativas. Além disso, ainda é possível chutar os inimigos com um golpe forte, e usar também o cenário ao seu redor, empalando, fatiando, eletrocutando, partindo queimando os inimigos. Aqui, o que não falta é sadismo nas execuções. A recompensa por toda essa brutalidade são pontos, que são acumulados e podem ser trocados nas estações espalhadas por todas fases por novas armas e melhorias nas mesmas. Resumindo: É um circulo vicioso de destruição que promete divertir os jogadores que gostem de algo diferente dos tradicionais fps de guerra com temas sérios e ambientes cinzentos. Bulletstorm não foi um grande sucesso de público, mas é um excelente game para fugir do tradicional, e com certeza eu recomendo, vale a pena dar uma conferida nessa surpresa no joystick!






segunda-feira, 25 de julho de 2016

Proibido - Tabitha Suzuma

Um livro que aborda um tema delicado e de uma forma que faz o leitor repensar sua maneira de ver e ler sobre. A história é sobre duas pessoas que se amam e amam sua família mais do que a eles próprios. Maya uma garota de 16 anos sensível, sofrida, madura e de caráter e vontades que se mostram fortes, uma adolescente marcada pela pobreza que cria os três irmãos mais novos, pois a mãe é uma bêbada que se preocupa apenas com ela mesma.
Lochan é inteligente, generoso, responsável, bondoso, inseguro e com serio problema de socialização que lhe dar ataque de pânico. Um adolescente que tem um senso de dever para com sua família posto acima das suas vontades e do seu bem estar, ama seus irmãos mais do que tudo. E ama acima de qualquer coisa Maya, e ela corresponde esse amor, até ai tudo ótimo, essa séria perfeito, se eles não fossem irmãos.

Tabitha Suzuma traz ao leitor essa história repleta de amor, dor, solidão e cumplicidade com uma sutileza  e sensibilidade poética, diálogos dramáticos marcantes e inesquecíveis.




Mostrando ao leitor o cotidiano de Maya, Lochan e seus três irmãos, revelando pouco a pouco como os adolescentes passam a serem país de seus irmãos, retrata o abandono da mãe de ambos e a união dos dois para manter a única família que eles tem unida. Uma união que aos poucos se transforma em amor, um amor tão forte que muitas vezes se transforma em dor e doação, dor de saber que é errado e proibido, e doação de amar e mesmo sofre por esse amor deseja que o outro seja feliz mesmo que você não faça parte dessa felicidade. 


Lochan e Maya são vitimas das circunstâncias, são escravos de seus sentimentos. A culpa que eles carregam durante toda história faz o leitor pensar e repensar sobre o tema, a forma que a autora descreve a força dos sentimentos deles é tão visceral que torci para que eles ficassem juntos e a história tomassem outro rumo. Um livro que me marcou bastante, é o primeiro livro que leio que o tema incesto é explorado diretamente, gostei muito da construção das personagens, enredo e ambientação, um livro que faz certamente você pensar e repensar o tema.
Abaixo algumas frases retiradas do livro.












Diário de Leitura


Aqui serão postado opiniões e resumos, pequenas impressões sobre o livro escolhido para ser lido e analisado, pretendo postar algo uma vez durante a semana. (Aos sábados)
Para o primeiro Diário de Leitura do blog escolhi uma série de livros quais dados do primeiro livro seguem abaixo.

Título: Outlander: A viajante do tempo
Autora: Diana Gabaldon
Ficção/Aventura/ Fantasia
Editora: Saída de Emergência
Ano: 2014 / 800 páginas
Idioma: Português

Resumo:Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.

Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente? 

PARTE I
PARTE II

Segundo Livro

PARTE I
PARTE II
PARTE III

domingo, 24 de julho de 2016

Frank


Frank é um filme britânico de 2014 dirigido por Lenny Abrahamson que retrata o universo musical, apresentando o percurso e as dificuldades que uma banda geralmente passa desde os primeiros passos, que envolve desde a dificuldade de lançar e manter uma banda, o processo criativo de produção autoral e até mesmo os conflitos internos entre os membros, fato comum em qualquer grupo musical. Mas o enfoque mesmo e o grande diferencial desse filme aparentemente clichê é o personagem que dá nome ao longa, o Frank. 


Frank (Michael Fassbender) tem problemas psicológicos que envolve a sua imagem e a sua autoestima, por esse motivo, Frank não abre mão de sua máscara de cabeça gigante, que confeccionou desde a sua infância e nunca mais a tirou, nem mesmo para comer (o qual o faz através de um canudo) ou tomar banho. John Burroughs (Domhnall Gleeson) acaba entrando na banda e na vida deste estranho vocalista e compositor por acaso, ao saber que a mesma estava precisando de um tecladista e juntos vão para uma cabana em meio a uma floresta para produzir um álbum e experimentar efeitos sonoros da natureza. 


Com isso, ele se depara com a rotina da banda e fica encantado com a facilidade e o talento de Frank para produzir músicas, fato que causa muita inveja aos outros, inclusive em Jhon, que acaba demonstrando insatisfação com o fato de o grupo não manifestar ambições, coisa que Frank busca evitar, pois é uma pessoa deveras simples e generosa com todos e tem o intuito de propagar sua arte sem visar muito o dinheiro, mas meramente por prazer pessoal. A partir daí muitos conflitos passam a aparecer no drama e você começa a se envolver e se apaixonar pela personalidade encantadora do Frank.



(Maggie Gyllenhaal, divíssima, também está entre os atores do elenco como Clara, uma integrante do grupo que tem uma personalidade um pouco agressiva)

Assisti o longa há alguns meses atrás por indicação de um blog que sigo e simplesmente adorei, é um filme sobre amadurecimento, respeito e acima de tudo, metas e ideais, e é aí que você percebe que existem pontos de vista diferentes, mesmo em um grupo, do qual todos aparentemente deveriam seguir rumo a um mesmo objetivo, conseguimos observar opiniões opostas, e isso é o legal do filme, porque mostra que cada um é cada um e que devemos respeitar a estranheza do outro como ela é.



Confira o trailer do filme:







sexta-feira, 22 de julho de 2016

TERROR NACIONAL: Quando Eu Era Vivo- FILME

Escrevi um pouquinho sobre "Boneco do Mal" em outro post, e a dica de hoje é outro filme de Terror, só que nacional. Não, você não leu errado, é nacional mesmo. 

Sabemos que a maioria das produções cinematográficas brasileiras, em sua maioria, são comédias, e temos alguns dramas também, mas a maioria são comédias. Já o gênero Terror é menos comercial e quase não se houve falar. Mas, Daniel, você não disse que não curtia muito o gênero e já está postando Terror novamente? Pois é, gente. Estava em casa, em uma noite, liguei a TV e estava começando "Quando Eu Era Vivo" (2014).

Eu já tinha ouvido falar, porém não tinha parado para prestar atenção de fato no filme. A direção é de Marco Dutra que junto com Gabriela Amaral fazem o roteiro adaptado do romance do escritor Lourenço Mutarelli " A Arte de Produzir Efeito sem Causa" (2008). O elenco conta nomes de peso: Antônio Fagundes, Marat Descartes, além de Gilda Nomacce, Helena Albergaria, e a grande surpresa: a cantora Sandy Leah.
No longa, Júnior (Descartes) resolve largar tudo, sua esposa, seu emprego e acaba indo morar com o pai (Antônio Fagundes). Júnior acaba se deparando com Bruna (Sandy) uma estudante de música que agora ocupa seu antigo quarto (ela alugou). Júnior logo começa a sentir um forte interesse por ela. A estadia de Júnior na casa acaba por se prolongar, e ele começa a apresentar um comportamento muito estranho quando começa a relembrar coisas de seu passado. Através de fitas Cassetes que ele vê podemos notar que a mãe dele era praticante do ocultismo. Nos vídeos a mãe aparece colocando uma espécie de gesso sobre as cabeças dos filhos, é, Júnior tem um irmão, e os dois participam desse ritual macabro e satanista.

Júnior começa a fuxicar outros objetos antigos, em busca de conhecer melhor a mãe e ele acaba acreditando que ela quer enviar-lhe algum tipo de mensagem. Ele acaba achando rabiscos e letras de músicas supostamente feitas por ela.

O comportamento do filho gera uma preocupação no pai que Fagundes interpreta muito bem. Um cara alegre que tenta ajudar a acabar com com a inquietação e paranoia do filho, que ele acredita estar doente.

Muitas coisas sobrenaturais começam a acontecer. Gavetas abrem sozinhas, coisas fantasmagóricas e outras  forças ocultas começam a se manifestar. O interessante no filme é que a casa parece mudar conforme o personagem Júnior  também vai mudando. Quando ele chega na casa, a  residência é toda iluminada; conforme o tempo vai passando os cômodos parecem envelhecer e a fotografia do filme muda, fica bem mais escura e sombria, como o próprio Júnior.
























A figura de Bruna é deveras curiosa. Ela apesar de assustada parece ser a mais de boas do grupo com tudo isso, e tenta ajudar Júnior com a letra da música. Ela é a única (tirando o irmão de Júnior) que parece compreendê-lo ou tenta compreender.

O figurino de Bruna, a figura em si, se assemelha muito com imagem de Sandy na vida real, eu acredito que propositalmente. Nota-se que em algumas cenas a obsessão de Júnior por ela é evidente, ele parece querer saltar em cima dela, louco de desejo. Inclusive tem uma cena que evidencia bem isso, bem explicitamente ,(não irei falar para não dar spoiler) um desejo reprimido que muito marmanjo deve ter feito na vida pensando nela; Sandy que no imaginário social já foi considerada símbolo sexual por sua beleza e até mesmo por causa da imagem de santinha (é provocativa).

No entanto, o filme não é "mais um filme da Sandy", como dizem por aí, pelo contrário. Ela faz um papel muito singelo, porém significativo, não deixando margem para críticas favoráveis ou desfavoráveis, não chega a se destacar muito. Porém, sua presença é fundamental e deve ser compreendida. Quando Bruna começa a cantar a música da mãe de Júnior "Serpente da Noite" ouvimos a voz de anjo de Sandy num enquadramento demoníaco. Um paradoxo no mínimo perturbador. A música do diabo vai ficar na sua cabeça por alguns dias.

E é exatamente isso o que a mãe de Júnior quer a cabeça de todos da família.

 Não irei fazer uma crítica muito aprofundada. Você, caro leitor, ao ver o filme vai perceber que o diretor implantou alguns elementos de filmes Hollywoodianos, lembrando um pouco " O iluminado" (na figura de Júnior, principalmente) e até " O sexto sentido" entre outros, mas não chega perto. O filme não é eletrizante, na minha opinião, mas nem por isso chega a ser ruim. Ele faz parte dos filmes com pegada underground que é o grande barato, mas merecia ser mais explorado e o diretor poderia ter ousado mais. Se merecia um pouco mais de ação? Talvez, mas não é bem por aí. Mas apesar disso, eu diria que é bom filme. Tem uma história original, é muito sugestivo, tem um clima de tensão bem elaborado. Se ele não assusta com certeza, atormenta. Tem muitos elementos críticos. A atuação que mais se destaca na minha opinião é a do Marat apesar de Fagundes também ter sido muito bom. E Helena e Albegaria tem cenas interessantes! Sandy vem somar no elenco,e as músicas do filme são muito boas. Muita gente vai achar que foi jogada de Marketing do diretor, acredito que em partes, sim, mas não foi o foco principal, assistindo você verá. Coloca sua opinião nos comentários!


Trailler do Filme:

https://www.youtube.com/watch?v=DblmBhNSmmI


quinta-feira, 21 de julho de 2016

Apocalipse Z: Os dias escuros - Manel Loureiro


Há alguns anos ganhei o livro Apocalipse Z: O principio do fim (Manel Loureiro), antes já havia lido em PDF e li novamente quando ganhei o livro físico, gostei muito da forma de escrita do Manel com capítulos curtos e novelescos (terminam no clímax, para instigar o leitor a seguir em frente com a leitura do próximo capítulo), o autor monta uma história cheia de personagens cativantes e misteriosos, com muita ação do começo ao fim (fiz uma resenha aqui), tenho um amor pelas personagens o Advogado, o Lúculo e o Viktor. Vamos ao que interessa o segundo livro demorei muito para ler até por que não queria ler em PDF, então quando pude enfim comprar no início desse ano coloquei na lista das minhas leituras.
 

 No segundo livro da trilogia Apocalipse Z, o Advogado (que ainda não sabemos o nome), Viktor e Lúculo estão em companhia de duas mulheres a formosa Lúcia e a religiosa Irmã Cecília, depois de escaparem do hospital as personagens conseguem consertar o helicóptero de Viktor e colocam em prática com o plano de chegarem as ilhas Canárias, pois acreditam que as ilhas estão fora do alcancem do mal que assolou todo o "mundo". Eles conseguem chegar a uma das ilhas Canárias e, mais uma vez, quase morrem nessa empreitada. Ao chegar em uma das ilhas encontram refugiados e nativos, porém as ilhas estão enfrentando uma guerra civil e passando por escassez de comida e combustível o que gera revolta e rebeliões.  O advogado e Viktor se veem obrigados a voltar para o continente, especificamente a Madri, que se encontra infestada de não mortos (zumbis) para pegar em umas das últimas áreas seguras medicamentos que serão de ajuda para as pessoas das Canárias, forçadamente Viktor e o Advogado são "convidados" a se unir ao grupo que irá até Madri.  


Enquanto isso Lucia, irmã Cecília e Lúculo ficam em Tenerife (uma das ilhas), enfrentam poucas e boas até a volta de Viktor e do Advogado. (estou tentando não dar spoilers, porém é difícil, então paro por aqui com o resumo). 


Quem se acostumou com a narrativa do advogado no primeiro livro, aquela narrativa de diário, vai estranhar um pouco alguns capítulos que o narrador não é ele (o advogado). Detestei o capítulo 7, achei desnecessária e mal feita a narrativa desse capítulo, não ficou bom e não funcionou para mim, claro que o autor quis incrementar a história, porém esse capítulo foi um erro horrendo.
Lúculo que para mim é o galã da história, e será um único a sobreviver no fim das contas, tem seus momentos legais de aparição (acredito que esse gato é incrivelmente dotado de uma inteligência superior aos humanos). 
Para quem leu  o primeiro livro e viu o Advogado se safar de situações de arrepiar os cabelos e que seriam quase impossíveis de sobreviver, nesse segundo livros nos deparamos com um Advogado muito tapado e que não morre por que é a personagem principal da história, mas ele comete muitos erros, erros quais quase matam ele e o Viktor, as gafes são tão estúpidas que nem parece que é a mesma personagem do primeiro livro. O humor seco e sarcástico do Advogado continua o mesmo,  o que mantém o ritmo de leitura agradável em algumas partes.


Achei a narrativa morna nesse segundo livro, perdeu aquela emoção do primeiro, cujo a narrativa era basicamente centrada na escrita do Advogado, porém mesmo com esses erros a história  e as personagens ainda prende o leitor, talvez tenha achado a narrativa morna por esperar ansiosamente por esse livro, espero que o terceiro me surpreenda mais que esse.
Gostei do enredo de fundo que o autor utilizou, ou seja, a guerra civil que se estende pelas ilhas que ainda resistem a invasão dos não mortos, além da falta de recursos, colocar a ideia de sobreviventes brigando entre si por serem de lados diferentes tanto politicamente quando territorialmente deixa a narrativa mais viva e prepara o leitor para momentos em que essa guerra vai definir o futuro das personagens. Nesse livro percebemos que a maior ameaça são os vivos e não os que estão "não mortos", pois os não mortos querem apenas comer e os vivos querem obter poder não importando com nada nem ninguém e fazem de tudo para conseguir seus objetivos. Nesse segundo livro temos muito disso que é um ponto positivo, mas para quem assiste The walking dead, já está bem cansado de ver essa nota ser tocada na série, porém nesse livro ela é tocada de maneira mais detalhada, alguns acontecimentos surpreendem. 

O livro é gratificante, leiam e deixem comentários. Até o próximo post.

Sobre livros

Algumas pessoas amam livros, mas não conhecem algumas coisas sobre eles como o tipo de encadernação, tipos de folhas etc. Primeiro vamos ver a anatomia do livro.




Os livros tem vários tipos de capas, mas será que você sabe como se chamam e como são cada uma delas, vamos ver.

Hardcover: essa versão é com a capa dura, mas tem uma jacket, isto é, aquela capa de papel que pode ser removida.
 

Hardback: é um livro capa dura, normal, só que na capa desses livros vem todas as informações do livros e ilustração de capa, no entanto, essa versão capa dura não tem orelhas


Paperback: é como a nossa versão econômica, isto é, com a capa mole e sem orelhas só, que essa versão, tem as folhas boas, normais e não fininhas e frágeis.


Pocket: é uma terminologia utilizada pelos brasileiros já que internacionalmente essa versão é conhecida como Mass Market Paperback, isto é, uma versão de Paperback em tamanho reduzido, mas as folhas são as mesmas da versão paperback.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

BONECO DO MAL -filme

Mesmo quem não curte muito filmes do gênero terror  (que é o meu caso) vai gostar de o "O boneco do MAL."
O longa que foi dirigido por William Brent Bell foi lançado no comecinho de 2016, e é capaz de lhe fazer alguns sustos.
A história é bacana, se passa numa  Mansão Inglesa bem bucólica onde a jovem Greta (Lauren Cohan) aceita um trabalho como Babá de uma garoto de 8 anos. Até ai nada fora do comum, mas tudo muda quando Greta descobre que o garotinho de 8 anos, de quem ela tem que cuidar, na verdade é um boneco que um casal cuida como se fosse um menino de verdade  (Aspirante à Pinóquio? rs) desde que o filho deles morreu há cerca de 20 anos (ok, sinistro).
O casal logo dita algumas regras de como a Babá deve cuidar do menino enquanto eles viajam (ou dão o fora da Mansão que é o que parece). Greta, descrente de tudo aquilo, não as segue e aí começam uma série de acontecimentos macabros e ditos sobrenaturais. O boneco começa a aparecer em posições das quais não foi colocado, aparecer e desaparecer  em lugares onde não foi deixado, começa a punir e perseguir Grete por não ter dado seu beijo de boa noite de antes de dormir ( e ter quebrado as outras regras)...Sim, parece ter ganhado vida!  
Você pode até ter achado pelo que leu que o filme tem algumas referências à Anabelle, sim, no entanto ele consegue ser original e as histórias são distintas.
Lembro-me que vi esse filme não tem muito tempo com meu irmão. Achei a fotografia muito bonita, e o filme é até bem dirigido, pensei que ia ficar com sono, mas não fiquei, ele até  deixa você vidradozinho. O filme não chega a ser morno, ele segue alguns elementos clássicos dos filmes de terror, inclusive tem algumas cenas que remetem à outros filmes famosos do gênero, misturado com elementos modernos, mas de uma forma um tanto óbvia, não chega a surpreender, perde pontos por isso. Ele é mais suspense do que terror, acredito que por isso que gostei mais e dá pra levar alguns sustos, mas pra quem quer morrer de medo mesmo, não vai. O mais interessante  é o mistério revelado por trás do boneco que mistura elementos da loucura e a psicopatia (que aí sim você pensa em ter medo) . Não vou  falar mais nada para não dar spoiler. É uma boa história, tem um bom elenco, que aliás é parte muito importante para este filme  e tem um romance também. E o final é legal, geralmente tenho raiva dos finais desses filmes e não fiquei com raiva nesse. Okay, já  parei, até o próximo post meus queridos!







quarta-feira, 13 de julho de 2016

Ciço de Luzia

"Nessa caatinga grisáia, o qui guia eu é o pretume dos zóio dela"
(Ciço, fi de Santana e Rumão)

Essa dica vai pra quem curte um romance regional nordestino, desses bem arretado com um vocabulário bem típico e rico em detalhes da cultura daqui.



Ciço de Luzia é um livro que conta a história de um casal apaixonado, inicia-se com eles pensando ter um amor platônico pelo outro até se darem conta que se gostam, e a história vai se desdobrando em pequenos capítulos contando a rotina de cada um dos dois, enriquecida de detalhes e eventos que envolvem não só o romance deles, mas tudo a sua volta, a convivência em casa, no trabalho, com a família, com os amigos, enfim, uma descrição bem natural de tudo o que envolve esse universo. 

É um livro bem poético e resgata aquele tipo de amor inocente, mas por se tratar de um mundo no nordeste de tempos atrás, é possível perceber ainda aquele velho preconceito a respeito de valores, construindo a imagem de "meninas direitas" ou não e críticas ou comentários a respeito da sexualidade, mas vejo isso apenas como uma representatividade de coisas que talvez o próprio autor tenha vivenciado sem a permissa de julgá-lo por isso, como disse, o livro é bem fiel aos costumes nordestinos.

O livro também conta com um glossário em cada capítulo, a fim de facilitar o entendimento de quem lê, principalmente para os que desconhecem as expressões ou gírias nordestinas, sem contar que as palavras são ditas fielmente como os personagens falam, com direito a licença poética e tudo e é muito gostoso de ler! Você se sente bem a vontade com a escrita.

No geral, classifico-o como um bom livro, há outros na mesma categoria melhores, claro, mas este é bem agradável para se passar o tempo, se sentir em casa, para os que são ou tem algum tipo de relação com o universo nordestino, e também dá a oportunidade de quem não conhece, passar a conhecer esse mundo bem da raiz, de quem já viveu aquilo, e não fica preso só no assunto de seca, que é o mais comum de se ver, mas transita entre diversos assuntos, como mencionei acima.

Fica a dica pra quem tá afim de ler um romance com essas características. 


segunda-feira, 11 de julho de 2016

TAG: PERGUNTAS LITERÁRIAS

Olá! Hoje trago uma tag que o blog Como Respirar criou
A tag consiste em 9 perguntas. Eis elas:


1 – A capa mais bonita da sua estante
Insurgente da saga Divergente de Veronica Roth. Tem muitas outras capas bonitas, porém essa é minha paixão desde que ganhei os livros.


2 – Se pudesse trazer um personagem da ficção para a realidade, qual seria?
Traria Hercule Poirot célebre detetive criado por Agatha Christie. Foi uns dos primeiros personagens que me deparei e que me encantou com sua inteligência e perspicácia.




3 – Se pudesse entrevistar um autor (a), qual seria?
Carlos Ruiz Zafón autor de A sombra do vento. Amo a escrita dele e  suas histórias a maneira que ele constrói seus personagens é tão realista e bonito que encanta, consegue mexer com meus sentimentos.


4 – Um livro que você não leria de novo? Por quê?
House of Night (Vale para toda série) da P. C Cast e Kristin Cast. A história se estendeu tanto que perdeu o foco, amava os primeiros livros, porém os últimos nem consegui terminar.


5 – Um casal?
Daniel e Bia, de A sombra do vento. Foi o casal que me encantou a maneira que se apaixonaram e a atmosfera que envolve o amor deles é muito linda.

6 – Dois vilões
Vou falar de vilões que não gosto o primeiro é o asssassino de Susie Salmon do livro uma vida interrompida memórias de um anjo assassinado (The lovely bones). O outro Dolores Umbridge de Harry Potter  e a Ordem da Fênix.

7 – Um personagem que você mataria?
Bentinho de Dom Casmurro.


8 – Se pudesse viver em um livro, qual seria?
A sombra do vento. Adoraria ir conhecer o cemitério dos livros proibidos.

 

9 – Qual o maior e o menor livro da sua estante?
O maior é Tormenta de Espadas. Já o menor é O caderninho de desafios de Dash e Lilly;

  

Então é isso galera! Podem responder essas perguntinhas nos comentários. Adoramos ver a opinião de vocês.

Abraços.