sábado, 12 de outubro de 2013

Crítica do filme "Oz, Mágico e Poderoso"

Será que só eu dou valor ao dia das crianças por aqui? O que seria dessas crianças sem mim? Mereço um presente por isso :p  
Mas enfim, não poderia deixar de dar a minha contribuição com a lembrança do dia e vou aproveitar o fato de eu ter visto Oz, Mágico e Poderoso (de Sam Raimi) esses dias para dar a minha opinião a respeito. Não foi uma boa escolha para um dia tão feliz (ou não para os que como eu, não ganham mais presentes) como hoje, já que eu tenho mais críticas do que elogios, mas vamos em frente.


A começar, tudo bem que eles tenham tido essa ideia de tomar referências do filme de 39, - mesmo que muitos tenham criticado essa ideia, eu até que me animei muito - mas se iam fazer isso com um clássico tão prestigiado como O Mágico de Oz (embora os direitos autorais só permitam afirmar que foi inspirado apenas nos livros, mesmo estando mais que óbvio as semelhanças com o filme antigo - sem cores enquanto se está em Kansas e colorido em Oz, formato da tela, os efeitos do tornado, a quase idêntica cidade das Esmeraldas, bruxa má do oeste, etc), pelo menos fizessem isso direito. O fato de fazer uma produção com técnicas e cenários do filme mencionado não é o bastante, é preciso ter um roteiro bom que não faça com que os atores e as imagens carreguem o filme praticamente sozinhos, mesmo achando que atores muito bons como James Franco, Mila Kunis, Rachel Weisz e Michelle Willians não deram o melhor de si. 




Eu já previa, como grande apreciadora do filme do Mágico de Oz de 1939, que encontraria alguns defeitos, mas confesso que ainda esperei um pouco mais de generosidade nessa produção em se tratando da história de um grande personagem fictício que carrega, não no quesito de efeitos ou colorido - até porque olhando para esse lado tem até demais, exageradamente colorido, tudo em função de impressionar com o visual -, mas em questão de terem a decência de construírem um roteiro com mais emoção. O que vi foi apenas uma estrutura básica de história que passa da antiga vida do anti-herói, a chegada ao mundo fantástico, uma batalha, a transformação de caráter do anti-herói e da bruxa boazinha e um final feliz, sem muito a acrescentar ou impressionar. A minha opinião para esse descaso todo é a tão comum justificativa de um mero intento de marketing para ganhar dinheiro que sempre está acima dos valores cinematográficos. É claro que todo meio econômico deve se ter o objetivo de ganhar dinheiro, mas dá pra se fazer uma coisa bem feita e ganhar dinheiro também, e até ainda mais se for algo realmente bom. ;)


Mas não vou tirar o mérito que o filme tem em se tratando de toda a produção e preocupação de conseguir fazer um cenário que chega, em alguns aspectos, ser fiel ao antigo filme, e a atuação maravilhosa de alguns atores, e os efeitos lindos que se tem ao longo do filme. Todo tipo de arte deve ser valorizado, levando em conta todos os fatores para ele ser feito. Não acho que futuramente o filme chegue a ser tão renomado quanto o de 39, nem deve ser comparado a altura, mas é apenas a minha opinião e nela eu acho que é um bom filme se for ter como requisito o entretenimento, e como hoje é dia das crianças, nada melhor do que tirar um tempinho para ver um filme em família e desfrutar da história.


Feliz dia das crianças!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Beasts of the Southern Wild


Hoje eu tirei um pedacinho da minha tarde para assistir "Beasts of the Southern Wild", que na "tradução" para o nosso idioma ficou como "Indomável Sonhadora". Como em inúmeras vezes, o título me fez questionar o porquê de um nome tão distante do original, ainda assim, achei perdoável, pois não é ridículo ou improvável, acho até cativante, embora não ache que condiz com a realidade da protagonista que, apesar de fantasiar e mesclar alguns coisas que se passam em sua mente com o mundo externo, em momento algum ela abandona a sua postura de menina realista. No entanto, tenho que concordar que ela é uma menina realmente indomável por qualquer que seja, independente e segura, que não está nem aí para as intervenções dos outros. O que mais me faz defender o título original é que ele remete àquela comunidade e não foca somente a menina, mesmo toda a história sendo passada na perspectiva dela, ela retrata o que se passa com todo o conjunto e o comportamento deles em alguns aspectos é comparado ao de animais selvagens pela forma primitiva a qual se apresentam e, portanto, achei um título muito bom e bem característico que define bem a história.


Mas quanto ao filme em geral, confesso que esperava uma abordagem um pouco diferente ao tema, é que pelo enredo, esperava algo muito mais penoso, piegas até, algo pelo qual esperamos de um filme com a classificação de drama vivido em uma sociedade carente e que já é afirmado com antecedência uma catástrofe. O que realmente se difere aí é a reação dos personagens que não manifestam tanto chororô ou autopiedade porque a mensagem que se quer passar é que eles são felizes ali independente do que aconteça, eles só querem se restabelecer no seu cantinho e a desgraça não alterou o seu humor. Mesmo àquela altura as catástrofes já serem algo comum, é de se esperar que esse tipo de filme eleve o sentimentalismo já existente com o objetivo de comover ainda mais as pessoas, e ele consegue fazer isso apenas com a visão externa dos fatos sem forçar a barra com muito choro ou desespero vindo dos personagens. Eles se encontram tristes e desconfortáveis com algumas situações sociais, mas não desmotivados e esse foi um ponto que gostei bastante. A parte mais emotiva mesmo é a questão de saúde do pai da menina, ele tentando esconder a doença dela e ela, com a sua intuição sabendo de tudo, mas ainda achei bem moderada. O foco mesmo, além do instinto de sobrevivência, é a motivação, percebe-se bem isso na relação entre Hushpuppy e seu pai, que embora alcoólatra e as vezes até bem rude com ela, compensava isso tentando transmitir confiança, motivando-a a se manter firme aos seus ideais mesmo diante de tantos problemas. 


O que mais me chamou a atenção no filme nem foi tanto a história em si, mas a maneira pela qual ela é apresentada, como já relatei; a atuação dos atores que apesar de desconhecidos, desempenharam bons papeis (uma curiosidade é que alguns foram encontrados na região onde se passa o filme, Louisiana, inclusive a própria protagonista, Quvenzhané Wallis, talvez tenha sido isso que tenha deixado o filme tão realista); e também as partes em que a menina imagina e insere os auroques (animal pré-histórico) no meio de tudo o que se passa, porque vejo nitidamente uma grande comparação do bicho com a realidade deles, que persiste em destruir seu meio de vida, assim como os auroques, que eram grandes predadores. E tudo não passa de um grande jogo de sobrevivência.



Veja o trailer:

sábado, 15 de junho de 2013

O menino negro

Recebi a um mês atrás um panfleto de divulgação da Companhia das letras que vinha o primeiro capítulos de alguns livros e amei a história do Menino negro por isso mesmo indico a você que gosta de ler.


O menino negro
 narra a infância e adolescência de um garoto comum mas, ao mesmo tempo, muito diferente. Como todos nós, ele se diverte no quintal de casa, vai à escola, brinca e briga com os amigos. No entanto, ele também vivencia um dia a dia totalmente distinto: teme e respeita as cobras que insistem em compartilhar o terreno de seus pais, passa por um ritual coletivo de circuncisão aprendendo a lidar com seu corpo, estuda numa escola corânica e recebe uma formação muçulmana a seiscentos quilômetros de sua terra natal. Seu destino final é Paris, cidade iluminada que o converte em escritor. 
O livro que o leitor tem nas mãos traz o ambiente único da Alta Guiné, mas é também uma homenagem a um continente durante muito tempo esquecido. São muitas as Áfricas que hoje começamos a conhecer, e esta, contada com tanta sensibilidade por Camara Laye, é daquelas que não se esquece jamais.


Segue o primeiro capítulo em pdf: http://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13341.pdf

terça-feira, 30 de abril de 2013

O pequeno Nicolau

Faz tempo que não posto nada, mas é por que ando muito ocupada com o trabalho e não li nem assisti muitas coisas esse dias, porém consegui emprestado um  filme maravilhoso e pude assistir esse fim de semana o nome do filme é "O pequeno Nicolau" um filme francês  com uma história linda e engraçada.
O filme é uma pequena amostra de como a mente de algumas crianças funciona. De maneira simples o diretor mostrar como Nicolau enxergam o mundo a sua volta, o ambiente escolar, seus amigos e sua família. O filme também retrata o poder da amizade de Nicolau com seus amigos de escola que apoiam ele nas investidas contra o suposto irmão que ele terá. Deixo vocês tirarem suas próprias conclusões que puder baixar e assistir ou tiver em mãos não será tempo perdido. 

Um bom filme :D

      

Sinopse

Nicolau (Maxime Godart) leva uma vida tranquila, sendo amado por seus pais e com diversos amigos, com os quais se diverte um bocado. Um dia ele surpreende uma conversa entre os pais, a qual faz com que acredite que sua mãe está grávida. Ele logo entra em pânico, pois acredita que assim que o bebê nascer ele não mais receberá atenção e será abandonado na floresta, assim como ocorre nas histórias do pequeno Poucet, de Perrault. Ele começa a bolar maneiras de se livrar do bebê e assim os pais dele que acabam sendo castigados de maneiras bem humoradas.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Tributo Raimundos: Rumo ao Roda Viva

Já faz um tempinho que não posto nada por aqui, pra falar a verdade, desde quando houve aquela confusãozinha no meu e-mail, da qual hackearam e apagaram todos os posts do blog, mas chega de relembrar esse acontecimento chato, a verdade é que ando um pouco ocupada com alguns trabalhos e não tenho tido muito tempo. Mas hoje eu arrumei um tempinho e vim falar de uma ideia que me chamou a atenção desde eu vi a divulgação há alguns dias via Facebook por uma página ligada a música, o "Tributo Raimundos: Rumo ao roda viva", que foi lançado no dia 1º de abril e que ironicamente não foi nenhuma mentira para a nossa sorte. E como eu curto bastante o som a banda, não pude deixar de baixar e conferir o conteúdo.


Bom, a ideia projeto era o seguinte: Reunir bandas de diferentes estilos de todo Brasil e fazer um misturadão com as diferentes identidades musicais dando a sua contribuição fazendo covers da banda Raimundos. E não é que deu certo! O trabalho ficou imperdível, todas as versões ficaram muito boas, diferenciadas e bastante originais. Achei bem legal a versão da banda Marmitex da música "Puteiro em João Pessoa", apesar de não suportar ouvir mais o "lelek" (que é tocado no início da música), mas logo a sátira logo aparece quando o vocalista fala "Eu quero é rock meu bixim, lelek é o diabo, minino!", a voz grave do cantor também deu um diferencial bem bacana. E num aspecto geral, gostei muito da banda Tortisse tocando "A mais perdida", da banda Seu Miranda com "Boca de lata" e também de Gnomos da Jamaica com "Deixa eu falar", mas não desmerecendo as demais que desempenharam um bom trabalho, até porque num projeto desses, as bandas tem que ser, no mínimo, boas.
Foi uma boa experiência conferir essa ideia, ver bandas tendo a sua chance de mostrar seu talento e potencial e com um ideal em comum, homenagear uma grande banda do cenário nacional e que, de certa forma, fez parte da formação das mesmas, já que os participantes são fãs da banda (proposta do próprio projeto). No total foram 15 bandas cantando e tocando grandes sucessos da banda prestigiada com muita disposição, e detalhe: sem nenhum fim lucrativo pra galera que prestou a homenagem.


O projeto também possibilitou a divulgação das bandas, muitas das quais desconhecidas, mas que não deixam de ser talentosas, volto a enfocar o que eu já falei num post anterior: há muitas bandas por aí propagando o nosso bom velho rock, o que falta mesmo é a chance delas se mostrarem. Estou aproveitando para conhecer melhor as bandas que participaram do cd por trás dos covers.

No You tube foi disponibilizado o CD na integra:


O projeto está tendo um boa aceitação do público e sendo disponibilizado em vários sites para o download, já se encontra disponível também no 4shared:
http://www.4shared.com/rar/87rIYnNO/Tributo_Raimundos_-_RUMO_AO_RO.html


E você, curtiu esse projeto?

segunda-feira, 25 de março de 2013

A paixão de Artemísia


Pense em uma narrativa apaixonante, acrescente uma figura histórica forte porém quase desconhecida, adicione 300g de história da arte, misture bem e voilá: A paixão de Artemísia, da escritora Susan Vreeland prontinha para ser consumida, 0 calorias.

A obra segue a trajetória da pintora italiana Artemísia Gentileschi (1593-1653) através da ótica perspicaz de Susan. Aí vão alguns dados sobre a vida dessa célebre desconhecida: Aos 17 anos Artemísia foi violentada pelo seu tutor e amigo íntimo de seu pai, Agostino Tassi.

Levou seu agressor a julgamento, do qual ele saiu "livre, leve e solto", enquanto Artemísia foi humilhada publicamente e torturada durante o processo como forma de provar a "autenticidade" de seu testemunho. Por toda vida Artemísia iria  carregar o estigma do estupro perante a sociedade.

Mas se a justiça dos homens não puniu Agostino, Artemísia tomou para si essa tarefa, e foi através de seus pincéis que ela imortalizou o rosto de seu agressor como Holofernes* na cena em que ele é decapitado por Judith que por sua vez, vejam só... tem o rosto da pintora! 

Moral da história: Nunca irrite um artista.

Logo após o julgamento  foi obrigada a casar por conveniência para salvar o que tinha restado de sua reputação.
Em vida alcançou prestígio inimaginável para uma mulher a época: Pintou para a importante família Médici, manteve uma amizade com Galileu Galilei e foi a primeira mulher de que se tem notícia a ingressar na Academia de Arte de Florença. Ainda assim, Artemísia e sua obra caíram na obscuridade por mais de dois séculos e só agora começa a ser resgatada.

Interessou?

Susan Vreeland é uma das responsáveis na atualidade por trazer a ilustre senhora Gentileschi a nosso convívio.

O que é gostoso nesse livro é que não é uma mera biografia, a autora soube de forma ímpar dar voz a personagem silenciada pela História da Arte, usando a licença poética a seu favor, e nos permitindo imaginar as aspirações, os medos, comemorar as conquistas de uma personagem que viveu a mais de duzentos anos... Lançando luz  à algumas questões: Como Artemísia se sentiu durante o julgamento? E após ele, como continuar a ter uma vida "normal"?

Susan misturou ficção e realidade de uma forma tão "casada" que é árdua a tarefa de dizer onde termina uma e começa a outra.

A leitura é tão agradável que chega a ser indecente!

E para os amantes da história da Arte, a autora ainda nos brinda com uma descrição minuciosa dos quadros da artista, entramos no processo de criação da pintura:
Os braços de Judith tinham de ser assim: mais grossos e mais fortes do que os esboços que fiz, com as mangas arregaçadas também, prontos para um banho de sangue, firmes, na determinação e raiva ao enfiar o punhal no pescoço de Holofernes. (...) Mais do que braços, minha Judith apoiaria um joelho na cama dele, como faz uma camponesa ao matar um porco. (VREELAND, 2010, p. 26)


 Artemísia Gentileschi, Judite Degolando Holofernes, 1620, Florença, Uffizi.


Este é um livro sobre preencher as lacunas, e a última delas será por você, caro leitor. A Paixão de Artemísia: satisfação garantida ou seu dinheiro de volta (rs).



*Ver a história de Judith e Holofernes no livro de Judith, antigo testamento da Bíblia Sagrada.

sábado, 23 de março de 2013

A sombra do vento

Comecei a ler o livro de Carlos Ruiz Zafón em ebook e não encontrava tempo para prosseguir com a leitura já tinha passado mais de duas semanas sem ter tempo de lê-lo, então deixei para de lado, no meu primeiro dia de estágio qual fico maior parte em uma biblioteca ( o que para mim é um sonho realizado) encontrei o livro de Zafón A sombra do vento e não pensei duas vezes, peguei e retornei a minha leitura. A sombra do vento me chamou e eu atendi o seu chamado ele queria ser lido e eu queria lê-lo já fazia algum tempo, nos encontramos e cumprimos nosso dever e aqui deixo para os leitores do nosso blog minhas impressões sombre A sombra do vento de Carlos Ruiz Zafón, o livro que conquistou meu coração e se tornou o meu livro favorito por diversos e simples motivos.


"Numa ocasião ouvi um cliente habitual comentar na livraria do meu pai que poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho até ao seu coração. Aquelas primeiras imagens, o eco dessas palavras que julgamos ter deixado para trás, acompanham-nos toda a vida e esculpem um palácio na nossa memória ao qual, mais tarde ou mais cedo - não importa quantos livros leiamos, quantos mundos descubramos, tudo quanto aprendamos ou esqueçamos-, vamos regressar. Para mim aquelas páginas enfeitiçadas serão sempre as que encontrei entre os corredores do Cemitério dos livros esquecidos."


A Sombra do Vento

Carlos Ruiz Zafón


A sombra do vento me conquistou no primeiro momento só pelo título, eu fiquei imaginando como assim A sombra do vento, vento não tem sombra! a partir daí minha curiosidade foi atiçada de uma simples brasa a uma fogueira que aos poucos foi tomando conta de mim e quando me deparei com o livro na biblioteca que trabalho não deu mais para fugir, como o Daniel Sempere eu fui atraída pelo livro e aqui estou em estado apaixonado por uma história que aos poucos se tornou minha preferida entre tantas outras que já li.

“Os acasos são as cicatrizes do destino”

A Sombra do Vento

Carlos Ruiz Zafón


O que tem demais nesse livro você pode se perguntar, ele é uma declaração de amor para aqueles que gostam de ler, tem romance,mistério, aventura, suspense, ficção e sobretudo amor pelos livros o que me deixou mais apegada A sombra do vento. Os personagens são cativantes e intensos, muitas das vezes que queria ser o Daniel Sempere para poder ir ao "Cemitério dos livros esquecidos" quando bem entendesse e também andar por Barcelona conhecendo os lugares mais misteriosos e lindos que Daniel passou, queria ter sido ele só para morar em cima de um sebo e conhecer um monte de livros raros, Daniel tem isso tudo e ainda mais quando ele descobre no Cemitério dos livros esquecidos um livro chamado "A sombra do vento" de um autor de nome Julián Carax cujo ninguém tem muito conhecimento e o que realmente sabe-se com certeza é que alguém  procura os livros dele compra e os queima sem explicação nenhuma, Daniel sabendo disso procura desvendar o mistério que envolve Julián Carax e acaba se envolvendo em mistérios que unem sua vida com a de Carax ao ponto dele e seus amigos correrem perigo de vida por causa do livro e do seu autor. Vemos Daniel crescer envolto nesse mistério e mesmo quando ele e nós achamos que tudo foi esquecido aparece algo novo a ser desvendado e lá vai Daniel para mais uma aventura e confusão.
O enredo me conquistou principalmente por falar de amor aos livros e amizade verdadeira, a escrita na maior parte em primeira pessoa nos dar mais intensidade aos acontecimentos que envolvem o mistério de Julián Carax e seus livros, os detalhes e a ambientação nos leva a viver em Barcelona  na década na época da Guerra Civil  Espanhola e depois a II Guerra mundial, com palavras bem escolhidas Zafón conquista o leitor, nos conduz a momentos de euforia, alegria, tristeza, medo e curiosidade ele nos laça e nos enrola aos personagens encantando-nos quando mistura os elementos históricos magicamente e propositalmente para fazer com que nos surpreender e se apaixonar pela "A sombra do vento" como os personagens são. Sou agora muito suspeita para indicar esse livro já que vocês sabem que estou encantada e apaixonada por ele, mas se querem ficar assim também recomendo que leiam e se quiserem depois vir aqui e tenho certeza confirma as minhas palavras sintam-se a vontade não iram se arrepender, deixo para vocês a sinopse que peca, pois é pouco quando olhada na sombra do vento.


"Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos sob suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece."

A Sombra do Vento
Carlos Ruiz Zafón

"Existem pessoas de quem nos lembramos, e outras com quem sonhamos."
A Sombra do Vento
Carlos Ruiz Zafón

Sinopse - A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón

A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.
Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que ama poderão ter um destino terrível.


sábado, 16 de março de 2013

Na natureza selvagem

Assisti a esse filme umas 3 vezes e ele sempre me impressiona principalmente por ser baseado em uma história real e pela interpretação de Emile Hirsch que achei fantástica ele incorporou muito bem o personagem e me surpreende toda vez que assisto.

O filme narrar a história de um jovem recém formado em direito, filho de uma família recatada de classe média norte americana, mas para ele Christopher McCandless parecia não ser o suficiente viver uma vida  cotidiana normal, então ele larga tudo e foge. Abandona tudo, a família, namora emprego e sai em busca de seu sonho de conhecer o Alasca, doa toadas as suas economias para uma instituição de caridade, e sai em busca de aventuras deixando para trás a civilização. Em sua viagem ele conhece várias pessoas e lugares que marcam sua passagem, leva consigo na mochila apenas água, livros e um diário qual faz anotações de sua viagem. Não vou contar o fim nem detalhes do filme, pois acabaria com toda surpresar de quem tiver curiosidade de assistir.
O filme foi dirigido por Sean Penn e adaptado do livro de mesmo nome que conta a história verídica de Christopher MaCandless, é um filme comovente e surpreendente, faz a massa cinzenta comichar um pouquinho o que é muito bom. A trilha sonora é boa e nos momentos de isolamento e solidão do personagem ficarem bem mais intensos. Vale muito conferir tanto o filme quando o livro.


Abaixo contém spoilers
"O corpo em decomposição de um jovem é encontrado no Alasca. A polícia descobre que se trata de um rapaz de família rica do Leste americano que largou tudo, se internou sozinho na aridez gelada e morreu de inanição. 

Quem era o garoto? Por que foi para o Alasca? Por que morreu? Para responder a essas e outras perguntas, Jon Krakauer refaz a trajetória de Chris McCandless, revelando a América dos que vivem à margem, pegando carona ou circulando em carros velhos, vivendo em acampamentos e cidades-fantasmas. Mergulha no mundo da cidadezinha rural, onde homens rudes bebem e conversam sobre o tempo e a colheita. Compara a história do jovem com a de outros aventureiros solitários que tiveram fim trágico. 
O resultado é uma narrativa envolvente, por vezes amarga, em que os sonhos da juventude se transformam em pesadelo. "

sábado, 9 de março de 2013

Pássaros feridos


"Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento”
Este é o texto que inicia o livro 




Todos somos um pouco pássaros feridos.
Tenho vários motivos para indicar esse livro e a série, foram marcantes para minha adolescência e até hoje lembro do padre contando a história do pássaro ferido a Meggie e como a partir daquele momento ela começa a ver Bricassart com outros olhos, lembro de mainha dizendo que eu não podia assistir por que era para adultos e eu na teimosia assitia escondido e anos depois ela alugando para que eu e minha irmã assistíssemos e matássemos  por fim nossa curiosidade sobre a história de amo de Meggie e Bricassart. Foi do nome do padre dessa história que minha tia registrou o meu primo com o mesmo nome do personagem principal o que atiçava ainda mais minha curiosidade sobre a história. Não poderia deixar de indicar a série e o livro a vocês, acho que alguns já devem ter assistido o SBT foi quem  passou a série no Brasil ela passou na década de 80 e reprisou em 2006, gostei mais da série do que do livro apesar de ambos serem muitos bons, vou deixar o link do ebook aproveitem a leitura .


Sinopse: 
Austrália, 1920. Mary Carson (Barbara Stanwyck) é a proprietária de Drogueda, um grande rancho. O que quase ninguém sabe é que ela tem uma fortuna de 13 milhões de libras, o que a torna uma das mulheres mais ricas do país. Ela não tem filhos e por esta razão muitos crêem que seu herdeiro seja o irmão, Paddy Cleary (Richard Kiley), que chegou para trabalhar em Drogueda como capataz, após tentar sem sucesso a sorte na Nova Zelândia. Paddy chega com sua mulher Helen e os filhos Frank (John Friedrich), Bob (Brett Cullen), Stuart (Dwier Brown) e Meggie (Rachel Ward). Há na região o padre Ralph de Bricassart (Richard Chamberlain), que foi "exilado" após ter ofendido um bispo. Isto acabou sendo para ele um golpe de sorte pois se tornou protegido de Mary, que sente por ele uma forte atração, apesar da diferença de idade e de ele ser um padre. Ralph recebe na estação ferroviária Paddy e sua família e se encanta pela pequena Meggie. Ele insiste com Mary para custear os estudos da menina na escola de um vilarejo. A distância do rancho faz com que Meggie precise ficar hospedada em um alojamento de estudantes, porém a menina não se adapta à rigidez de um colégio de freiras. Para compensar esta mudança de convivência, Ralph deixa Meggie se hospedar em sua casa. Esta situação agrada a ambos, pois ela sente por Ralph um imenso carinho. Ao saber que Meggie tem um quarto na casa de Ralph, Mary decide pôr fim aos estudos dela, tirando-a do colégio. Ralph fica muito irritado com Mary. Também vai se evidenciando a enorme atração física que ela sente por Ralph, porém sem reciprocidade. De volta ao rancho Meggie retorna à sua rotina, mas antes mesmo de completar a maturidade presencia o desespero e a morte e numa ocasião quando pensava que estava morrendo também. Ralph lhe conta a história de um pássaro que, empalado por uma farpa de madeira, cantava sua mais linda canção e, neste momento que precede a morte, todos paravam para ouvir essa melodia celestial. Mary vive seus últimos anos de vida com ostentação e poder. Rancorosa pelo amor não correspondido, ela ameaça Ralph, afirmando que um dia ele terá que escolher entre o amor por Meggie e suas ambições eclesiásticas. Ralph, atônito, não vê com qual poder Mary pode conduzir com tanta certeza a vida dele. Quando Mary morre e é revelado o testamento, ele entende como Mary, apesar de morta, ainda pode colocá-lo à prova.



link do blog para baixar :http://cantoparaleitura.blogspot.com.br/2010/07/passaros-feridos-collen-mccullough.html?zx=c0d05dcded6491ec

sexta-feira, 8 de março de 2013

"Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”.


O livro de Fraz Kafka começa assim maravilhosamente com a frase dessa postagem. A Metamorfose, de Franz Kafka, é imortalizado na história por causar horror e fascínio que causa nas pessoas. O romance se tornou um clássico germânico do último século, porém permanece com uma filosofia bastante atual.  Kafka retrata o homem moderno do início do século XX com um talento invejável.
 
A história se passa na Europa dos anos 1910, da Belle Époque, que de bela, para gente comum como Gregor Samsa, não tinha nada. Gregor era caixeiro-viajante, e a profissão, para ele, preenchia toda sua vida. Isto porque ele trabalhava não só por si próprio, mas pelo pai, inválido e detentor de uma dívida enorme a qual Gregor procura sanar, pela mãe, velha, asmática e incapaz, e pela ingênua irmã. Toda a família depende do trabalho de Gregor para sobreviver, por isso confiavam nele, apoiavam-no. Estranhamente, até mais do que isso: parasitavam-no, tornando-o escravo do trabalho. Até o dia que ele acordou transformado num inseto. A partir dessa metamorfose física, a vida da família sofre um abalo enorme. O pai deve voltar a trabalhar, a casa deve ser disponibilizada a fim de receber hóspedes, até mesmo a irmã tem obrigação de arranjar um emprego. Porém mais importante do que isso, as relações intrafamiliares sofrem alterações significativas. Para o pai, Gregor passa a ser um “peso morto”, imprestável. Para a mãe, objeto de repulsa. Para a irmã, amorosa mesmo depois da transformação, também passa a ser um empecilho. Agora, ele era o parasita. A metamorfose física de Gregor originou uma metamorfose de valores na família, inclusive para o próprio Gregor. Este que aceita sua posição de inseto, só lamenta pelo fato de não poder mais trabalhar e suportar sua família. Com o passar do tempo, Gregor cai numa solidão sem volta, influenciado pelo cada vez mais evidente desprezo das pessoas pela sua forma, e morre de maneira reflexiva, pensando no mundo que o consumiu e que desejou seu fim. Depois da morte solitária de Gregor, a família Samsa desponta para a vida, levantando do seu mormaço casual.

(A obra é fascinante, mostra como todos nós podemos estar "mortos" por dentro, aceitando situações nada humanas que se passam no nosso cotidiano sem nos levantar-mos para as combater ou simplesmente perguntar "porquê". No caso Gregor não questiona sua nova situação. Como a história se passa na Belle Époque podemos dizer que a figura monstruosa qual o personagem se torna nos mostra que a  Belle Époque  era  um esconderijo para coisas feias, nojentas e absurdas que ficavam escondidas por baixo das maquiagens, perfumes, luz e brilho que o governo fazia com que o povo buscasse unicamente por essa "beleza" alienando e tendo em rédeas curtas e acomodados minha visão pode se errônea pois o livro tem vários questionamentos a serem analisados. Trazendo para os dias atuais para nossa realidade, acordamos todos os dias sabendo das mazelas do mundo, porém não falamos, não agimos, apenas nos transformamos, em que? basta olharmos no espelho, é claro que alguns irão dizer não eu não sou assim, mas será que não? dirão eu corro atrás eu reclamo, luto etc, quem não luta? quem não corre atrás? quem não reclama? essa é a única diferença que vejo entre nós e Gregor Samsa)
Podemos dizer mais como está na Wikipédia (nossa amiga de todas as horas) A história é sobretudo uma história de alerta à sociedade e aos comportamentos humanos. Nesta história, Kafka presenteia-nos com a sua escrita sui generis, retratando o desespero do homem perante o absurdo do mundo.
Interessante perceber que em nenhum momento da obra Gregor se dá conta realmente que se transformou num inseto. Apenas observa seus novos membros, órgãos e hábitos, mas com o tempo se acomoda na nova condição sem realmente entender no que se tornara.
Gostei muito, por sinal me lembrou um outro livro que os professores de extensão em Literatura e cinema falaram do filme que foi feito baseado na obra literária" O Escafandro e a Borboleta" de Jean Bauby, qual só li um resumo ambos que teem traços comuns.

sábado, 2 de março de 2013

Escritores da Liberdade


Eu não tenho tido muito tempo nem coragem de assistir a filmes novos apesar de compra-los e baixa-los o tempo todo, mas tenho uma teoria de que o filme, livro ou seja lá o que for me pega na hora que tem que pegar e eu e ele nos encontramos e ficamos juntos até o ápice. Pois é, aconteceu! Nunca bela tarde de domingo estava eu sem esperança alguma de achar algo que valesse alguma coisa e então, pá! Erin Gruwell  era uma professora novata lidando com alunos que não tinham histórias de vida muito floridas a contar, tampouco sorrisos simpáticos para nenhum professor e com ela não seria diferente. Isso me prendeu totalmente, fisgando toda a minha tarde e um pedaço da noite. Pois bem, apesar da resistência Erin foi inspirada com a brilhante ideia de dar-lhes diários para que escrevessem sobre suas vidas cotidianas. Ninguém foi aceitando de primeira, o que era muito esperado. Mas com o bom uso das palavras e deixando-os á vontade, conseguiu.  Um a um foi pegando seu diário e por livre vontade iam deixando-o no armário de Erin para que ela lesse, mesmo sabendo que ela deu-os a escolha de não fazê-lo.
Conquistando-os aos poucos, a partir do que lia ela foi tirando do seu próprio bolso para dar-lhes livros, tendo até de fazer sacrifícios, como arrumar empregos extras, visto que o governo não disponibilizava verba para alunos com maus resultados.  Foi trabalhando com eles passando-lhes até adquirindo um aprendizado riquíssimo, para além de literatura, humanidade...  Erin os ensinou que não importa o quão ferrada sua vida seja, ainda é você que constrói o seu futuro e todos podem se tornar pessoas melhores, pessoas felizes. Ela o ensinou a união, o afeto, construiu com eles um lar, daquela sala de aula...  Sem contar, para os amantes de Anne Frank, que um dos livros com os quais eles trabalham é “O diário de Anne Frank’   ♥♥♥

Litros de lágrimas por mim derramados. Assistam e se não gostarem lhes dou um chocolate pelo tempo gasto, hahaha.





Qualquer pessoa independente do estilo social ou raça pode acender uma luzinha no escuro, e então se tornar herói para alguém.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A garota dos delírios


Rebeca Bloom e seus delírios de consumo, realmente é uma garota cheia de imaginação e com uma vida financeira repleta de problemas, mesmo trabalhando em uma revista na qual faz artigos sobre problemas financeiros Becky não consegue resolver os seus problemas com dinheiro, vive individada e com o gerente do seu banco no encalço para que ela pague suas dividas. Becky tem um talento nato para compras é uma compradora compulsiva o que a faz entrar ainda mais nas dividas, o que é mais engraçado e interessante na história de Rebeca é que ela além de compradora compulsiva é uma sonhadora compulsiva, inventadora de desculpas compulsiva, enrolona compulsiva etc. Becky tem uma mania incrivel de citar todas as peças de roupa e acessórios que ela usa e algumas vezes cita os das pessoas a sua volta, isso por que para ela é de uma importância vital saber o que se esta usando, adora roupas de marca, conhece todas, tem um talento enorme para fazer compras e escapar de suas dividas que vão se acumulando, porém ao invés de arranjar uma forma de pagar se organizando financeiramente ela delira com possíveis milagres para suas dívidas serem pagas sem nenhum esforço.

" Quer saber do meu sonho secreto? Ele se baseia numa história que li uma vez no jornal a respeito de uma confusão ocorrida num banco. Gostei tanto que recortei e fixei na porta do meu armário. Duas contas de cartão de crédito foram enviadas para pessoas erradas e imagine só as duas pagaram a conta errada sem perceber. Elas pagaram as contas uma da outra sem nem mesmo examiná-las.

Desde que li aquela história, tenho um sonho secreto: que o mesmo acontecerá comigo. Alguma velhinha caduca em Cornwall vai receber minha conta colossal e pagar sem nem mesmo olhar para ela. E eu receberei sua conta de três latas de comida de gato, a 59 centavos cada uma. Que, naturalmente, pagarei sem questionar. Justiça é justiça, afinal. "

Becky tenta diminuir seus gasto para poder economizar e pagar as dividas dos cartões e do banco, mas sempre arranja um desculpa para justificar a compra de alguma coisa que ela nem sequer gosta ou irá utilizar, em uma dessas suas tentativas resolve fazer um programinha barato segundo ela que era ir ao museu por que a entrada seria gratuita, mas ela se engana e tem que pagar a entrada e na hora acaba comprando entrada para um temporada de exposição do museu coisa que ela nem gosta, e nesse passeio tem a ideia de pedir para os administradores do museu colocarem preços nas peças exposta, pois segundo ela chamaria mais atenção de quem fosse visitar o museu e não seria tão maçante, no museu ela fica tão entediada que só pensa em fazer compras até que encontra uma loja e vai comprar com a desculpa de fazer as compras de natal para justificar seu deslize, compras de natal em março. Sem soluções imediatas para sair do vermelho ela procura novos empregos para poder pagar suas contas, mas não dá muito certo.

Becky só percebe que tem algo errado com ela quando ela resolve se deixar levar pelo viíio e vai fazer compras é quando perceber que a sensação boa que sentia toda vez que comprava algo não está mais funcionando e muito ao contrário está deixando-a deprimida.

"Toda vez que acrescento alguma coisa à minha pilha, sinto um pequeno arrepio de prazer, como no momento de soltar fogos. E, por um instante, tudo está bem. Mas depois, aos poucos, a luz e os brilhos desaparecem e fica só a escuridão fria novamente. E então eu procuro alucinadamente em volta por alguma coisa mais."

Ela imagina mil maneiras de conseguir pagar suas dividas: ganhar na loteria, o banco esquecer suas dividas, casar com um milionário etc. E assim faz planos para tudo e se esquece do principal pagar as contas, sem depender de sonhos impossíveis. Becky não dá muito valor ao seu trabalho de jornalista financeira e não se importa muito com o que as pessoas pensam dela até que aos poucos no meio de toda confusão de sua vida ela percebe que está magoando pessoas que gostam dela e só muda de atitude quando ver que sua displicencia prejudicou pessoas queridas.


Os delírios de consumo de Becky Bloom não é apenas um romance, o romance acontece no finalzinho do livro, é sim um livro sobre uma consumidora compulsiva e endividada, sever como alerta para quem está indo por esse caminho, muito do que Becky passa na história tem pessoas que passam na vida real, exemplos disso é não querer falar com o cara do cartão de créditos, as faturas se acumulando, querer jogar fora as cartas do banco etc.

Como em um romance Becky se dar bem, mas até quando? Ela não deixou a compulsividade por compras de lado, só diminuiu, apenas por que ela passou por maus bocados. É um livro engraçado e que passa a lição de que se você não tem dinheiro para pagar não compre ou acabará como a Rebeca que delirava em pagar suas dividas e conseguir dinheiro para comprar mais.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Carta à Mariana Alcoforado



“ Agora vemos em espelho de maneira confusa, mas, depois veremos face a face.”
São Paulo (C. 10-67)

Cara Mariana, resolvi lhe escrever esta carta de desculpas pelas ofensas que expressei a sua pessoa ao ler pela primeira vez suas cartas ao Sr. C, ao relê-las percebi o quanto fui injusta e má com relação aos seus sentimentos, sei que nunca obterei resposta sua ao meu pedido, essa carta é mais uma foma de tentar compreender você através das suas palavras, ora de amor, ora de ódio, ora de dor.
Primeiro quero justificar o motivo de meu pedido de desculpas, ao tornar a ler suas cartas percebi que meus sentimentos com respeitos a elas mudaram bastante desde a primeira leitura, antes tinha raiva de você hoje não sei bem como me sentir com relação as suas cartas e a sua pessoa, realmente tive muita raiva, mas essa já se dissipou a menos de 24 horas, talvez no decorrer dessa carta você compreenda o por quê, já que ela servirá também como um reflexão explicativa.
Não compreendi os motivos de você não ter parado de escrever logo depois da primeira carta, eu não teria me exposto tanto e é dessa sua expossição que mais tenho raiva, ninguém deveria abrir seus sentimentos com tanto afinco como você fez, mesmo amando intensamente (como você parecia está). É uma pena não termos como saber as respostas do senhor C., assim teriamos como analisar os dois lados da moeda, mas é daí que vem o mistério que envolve sua história de amor. Talvez você se pergunte por que meu pensamento sobre você e suas cartas mudaram, porém ainda não sei o verdadeiro motivo, fiquei conversando com meus botões e nada foi descoberto apenas mudei e sou honesta em confessar minha mudança, imaginei se tivesse lido suas cartas quando estava na adolescência, época que me apaixonava até por uma folha que caísse de uma árvore em minha frente, época qual eu não era tão racionalista, talvez tivesse chorado e me comparado a você em sua dor, ódio, amor e principalmente ansiedade por respostas, pode ser isso, pode ser pela agonia da ansiedade que eu tenha mudado meus pensamentos e resolvido lhe escrever, mesmo sabendo que talvez você não tenha existido, mas como tudo começou com cartas, por que não escreve uma para a mulher que suas cartas se tornaram uma obra literária estudada em todo mundo.
Mariana será que o que você sentia pelo senhor C. era amor ou desejo? Ou os dois? Para mim você tinha uma concepção dualista pelo senhor C. você o amava e o desejava, mas qual desses dois sentimentos falava mais forte? Antes eu tinha certeza que era apenas desejo lhe via como uma mulher reclusa que teve uma noite de prazer com um homem e não conseguiu desapegá-se dele e do prazer que ele lhe deu (é apenas minha opinião ao ler suas cartas pela segunda vez, quem sabe daqui há alguns anos quando eu torna a lê-las eu tenha outra opinião), voltando a minha percepção atual, você o amava pelo menos você diz isso, é claro que o desejo existiu, porém mesmo com a distância e com o “desinteresse” aparente do senhor C. você continuou a escrever com a mesma intensidade as outras cartas mesmos essas não contendo os mesmos sentimentos da primeira, você foi perceverante de seus sentimentos, persistente na busca de uma resposta que lhe agradasse, sim, isso mesmo, lhe agradasse, por que mesmo obtendo resposta elas não pareciam ser suficientes para apaziguar suas dúvidas, sofrimento e ansiedade, e nem para apagar o fogo de sua paixão mesmo com toda a demora das cartas resposta.
Dizem que você amou o senhor C. até seu último suspiro, mas isso pode ser obra ilusória criada pelos seus fãs que ao longo dos séculos a transformaram em uma heróina forjada pelo impulso da exposição de sua paixão através de suas palavras. Seu amor mergulhou no Eros o que levou a sua felicidade e a tristeza e a sentimentos tão puros e intensos.

“ Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor Jamais passará.” São Paulo (C. 10-67)

Se levarmos em consideração essa passagem da biblia, podemos afirmar que você amou verdadeiramente o senhor C., você o desculpou, você acreditou que o amor de vocês era forte o bastante para resistir a todos obstáculos que a vida colocou em sua frente, você esperou pacientemente e ansiosamente por uma solução, você suportou a solidão de amar sozinha (para mim só houve paixão e amor da sua parte), a dor, e a indiferença que como você mesma diz que ele expressou em “cartas frias, cheias de banalidades e com metade do papel em branco” mostram que você percebeu que o senhor C. não com,partilhava dos mesmos sentimentos que você.
O que posso dizer sobre o senhor dos seus pensamentos o dono dos seus sentimentos mais intensos, eu particurlamente acho que o senhor C. não deu a menor importância ao que você sentia por ele, é triste, eu sei, pensar assim e julgar alguém a quem não conheci, mas essa carta é uma análise e reflexão, então posso dizer-te o que penso, os sentimentos do senhor C. com relação a você Mariana (ainda em minha sincera opinião) eram de dúvidas (se é que dúvida é sentimento) ele deve ter tido seus motivos, ele deveria ter sido mais direto em suas cartas (quem sabe ele foi e você em seu desepero de paixão não quis aceitar isso). Digo que o sentimento era de dúvidas por que a prova de que existia um sentimento desconhecido, são suas cartas, que de alguma forma restaram como registro do seu imenso amor pelo senhor C. (levando em cosideração aqui sua existência e do senhor C.) alguém deve ter guardado as cartas e as considerado importantes, mas também alguém pode não ter tido consideração nenhuma com você nem com seus sentimento ao resolver publicar e levar ao público o conhecimento do seu amor proibido e do sofrimento causado por ele, mas ainda bem que alguém fez alguma coisa a respeito de suas cartas ou não teriamos conhecimento das mesma (as pessoas gostam de saber o que se passa na vida dos outros ter conhecimento do que os outros pessam se tornou algo corriqueiro nesse século, no seu não devia ser muito diferente), acho que você se odiaria ao descobrir a que fim foi dado as cartas que você dedicou tão intensamente ao homem que amou.

“Agora, portanto, permanecem fé, esperança, amor, estas três coisas. A maior delas, porém é o amor.” São Paulo (C. 10-67)

O amor foi a única coisa que lhe restou, vou continuar com meus achimos, acho que você teve muita esperança, e você morava em um lugar que inspirava fé, quero acreditar que você teve fé principalmente de que todo o sofrimento causado por esse amor um dia se dissipasse, mas de uma coisa tenho absoluta certeza você amou.
Mariana, gostaria muito de que outras cartas suas aparecessem e que nelas constasse que você o esqueceu e foi feliz apesar de tudo, que casou, teve filhos ou simplesmente passou seus dias felizes sentada em uma cadeira de balanço olhando para o mar, porém é algo improvável de acontecer, agradeço que você ou qualquer outro alguém tenha escrito essas cartas, minha carta é endereçada a você pelo simples fato de ter seu nome no livro qual li, mas você poderia ter qualquer nome.

“ O que há em um simples nome? O que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume.”
Shakespeare
Essa carta foi escrita mais para desperta a curiosidade de quem gosta ler para a história de Mariana Alcoforado e suas Cartas Portuguesas.
OBS: pode até parece insano, louco, mas o importante é o que se sente ao escrever.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Comunicado II

Rackearam nosso blog e perdemos mais de 100 postagens conseguimos recuperar algumas e iremos continuar com nossas postagens regulares, espero e agradeço a todos que seguem nosso blog e acompanham nossas postagens.

                                                       The Others

Novos/Velhos talentos musicais nacionais


Estava sentindo falta de uma banda brasileira realmente boa pra ouvir, dei uma enjoada de só ouvir bandas gringas ultimamente, então resolvi dar uma pesquisada nas atualidades, porque aqui no Brasil é assim: Se você não sai por aí procurando, mídia nenhuma apresenta coisa de qualidade, e isso nem se trata de gosto individual, porque se o artista for bom você reconhece. Isso é recorrente da preferencia da maioria, sim claro, mas muitas pessoas já estão acomodadas a ouvir somente o que lhe é apresentado, e se ela ver apenas futilidades, ela irá ouvir apenas futilidades. No entanto, vejo uma pequena evolução na mídia televisiva, que você encontra em canais meio esquecidos como a Tv Brasil, que no programa "Alto Falante" aos sábados dispõe uma boa programação, mesmo que nem sempre apresentem artistas do nosso país, mas não deixando de ser um bom programa, e também o Canal BRZ que exibe na maior parte do tempo clips de artistas brasileiros e dão oportunidade para que os mesmos sejam reconhecidos. E devo concordar também que o programa "Som Brasil" da Rede Globo também desempenha esse papel de dar oportunidade às bandas a fazerem sua adaptação em homenagem a certo artista renomado do cenário nacional. Fora outros programas que não lembro ou ainda não conheci que se encontram na programação aberta e estão fazendo um bom trabalho quanto a isso e salvando parte da musicalidade brasileira e isso facilitou a minha busca, porque apesar de ter encontrado boas bandas perdidas por aí na internet, a maioria que eu gostei de verdade, eu vi na tv. Enfim, eu acabei encontrando bandas muito boas, bandas até antigas mas que eu não tinha parado pra ouvir ainda (porque andava ouvindo bandas internacionais, confesso u.u), porém eu resolvi dar uma pesquisada para ver se algo me agradava de verdade e acabei encontrando muita coisa de qualidade que anda um pouco escondidinha e percebi que AINDA existem bandas muito boas no cenário brasileiro.
A primeira que eu vou falar é a que eu tenho mais ouvido, "Trem Fantasma", que eu a encontrei por acaso entre os vídeos do You Tube com o Ep "Oliver no planeta do sol" e gamei logo de cara! Indico à todos. É uma banda de rock, blues e tem uma pegada psicodélica nos clips e as letras também são muito boas.



A banda "Caio Corsalette & Dollar Furado" eu conheci no  Som Brasil, eles cantavam músicas do Zezé Di Camargo & Luciano, que eram os artistas homenageados do dia e logo me identifiquei com o estilo country que eles esbanjam. 



"Acústicos & Valvulados" é uma banda de rock de Porto Alegre já bem antiga, de 1991 e já tem alguns bons álbuns de estúdio. Apesar de já ter ouvido algumas de suas músicas aqui ou ali durante esse tempo, foi vendo um de seus clips no canal BRZ que me fez buscar ouvir os álbuns agora, e a experiência está sendo muito boa.



A voz de "Bluebell" conquistou muita gente na abertura da Série "Aline" (ai que saudades), mas até aí eu não sabia de quem era a dona da voz da música até saber por acaso que uma das atrações do Lollapalooza do ano passado contaria com a tal cantora que emprestou sua voz a abertura da série, e ouvindo suas músicas eu me apaixonei por esta linda música:



Não lembro onde e quando vi "Quarto Negro" pela primeira vez, acho que ouvi algo sobre eles no "Leitura Dinâmica". É um ótimo grupo paulista de rock, com arranjos intensos e sombrios e com uma profundidade singular dos seus clips.




"The Baggios" eu conheci no Blog do Regis Tadeu onde ele indicava várias banda legais que estão começando a fazer sucesso, ainda não parei para ouvir as outras músicas mas essa que eu vi no blog é muito boa, espero não me decepcionar com as outras:

 


É notável que há muitas boas bandas por aí esperando ser descobertas que fariam muito mais sucesso se fossem melhor divulgadas. Paro por aqui, mas sempre que estiver ouvindo algo novo eu estarei compartilhando com vocês.

Suzana e o mundo do dinheiro


Encontrei o livro Suzana e o mundo do dinheiro numa banca de livros na faculdade onde estudo, antes de poder chegar perto o bastante para ver o título eu fui atraída pela capa (eu e essa minha velha mania de sempre). A capa é amarela com uma esfera (obviamente o mundo) com vários elementos ao redor, imagens bem grotescas e rabiscadas, uma capa bem infantil, que chama a atenção mesmo, e como eu gosto muito de livros infanto-juvenis, fui conferir o conteúdo do livro. Abaixo segue a foto dessa capa que me atraiu tanto.




O que aconteceu depois foi que me decepcionei (isso mesmo, julgando o livro pela capa). Na minha concepção, o livro não cumpriu a proposta que aparentava ser. Ao ler a sinopse no verso e nas "orelhas" do livro e até mesmo no título, eu já percebi que se tratava de economia, só que dentro do cotidiano da personagem principal. Neste quesito o livro seguiu essa ideia, mas sinceramente esperava algo como OMundo de Sofia, que relata a respeito da filosofia mas não deixou de inserir aquela magia proveniente do mundo infantil, fazendo com que a leitura não se tornasse chata para crianças. Mas o que vi foram apenas conversas, correspondências e um cotidiano nada extraordinário da menina. Enfim o livro aparenta ser bem mais infantil do que ele é, apesar de ter um linguagem fácil. 
Entendo que a intensão do autor Wim Dierckxsens (que tem até uma certa popularidade no ambiente econômico) era exclusivamente levar esse "mundo do dinheiro" até as crianças para que compreendessem melhor como o mundo funciona e lançar uma proposta final sobre como mudar esse mundo provido de tanto capitalismo e cheio dos seus marxismos, e incentivando-as a preservar o planeta, mas achei que ele deveria ter procurado meios que predessem mais a atenção das crianças, além de um monte de diálogos a respeito do assunto. Mas tirando este fato, considerei o livro como uma boa opção de obter conhecimento, pois aborda uma visão geral sobre a economia e como ela acontece, como funcionam as empresas e o que é preciso para progredir nos comércios, passando por todo um contexto histórico.
Enfim, vejo o livro como um bom meio de conhecimento, mas pouco provido de entretenimento. Talvez minha sede pela magia infantil tenha atrapalhado no decorrer da leitura do livro, mas eu o recomendo como uma leitura que faça você abrir o olho para o mundo como ele está, com tanta quantidade e pouca qualidade para que possa fazê-los refletir a respeito do rumo em que estamos seguindo.

Apocalipse Z: o princípio do fim - Manel Loureiro


"Esse era meu gato. Enquanto eu me fodia por uma cidade abandonada e cheia de monstros, morrendo de fome e de sede e arriscando a vida em cada esquina, ele havia passado o tempo todo se empanturrando de comida e comendo aquela bonequinha de olhos verdes."

Terminei ontem de ler o livro "Apocalipse Z: o princípio do fim" de Manel Loureiro, quando comecei a ler achei que não iria gostar pensando que seria só uma cópia escrita de The walking dead, porém  me enganei terrivelmente, o livro conta a história de um advogado que narra o inicio do apocalipse zumbi e sua busca pela sobrevivência junto com seu gato fofo e carismático Lúculo ( eu me apaixonei por ele). A história é narrada em primeira pessoa pelo advogado que cria um blog para relatar os acontecimentos de sua vida, depois que o mundo perde todo rastro de civilização ele passa a escrever em um diário que segundo ele serve de apoio emocional para que ele não enlouqueça, no meio de um mundo apocalíptico ele passa maus bocados e algumas das vezes chega bem perto da morte. A narrativa é excitante e a cada capitulo o autor atiça a curiosidade do leitor sobre o que irá acontecer com os personagens principalmente por que você perceber que se o próximo capítulo não for escrito pelo advogado (sem nome) deve ter acontecido alguma coisa com ele. Eu me apeguei ao gato Lúculo que para mim é o melhor personagem de todos dentro do livro e felizmente tem mais dois livros para seguir meu personagem fofo" Apocalipse Z: os dias escuros" e "Apocalipse Z: a ria dos justos" e espero que Manel escreva muito mais por que a escrita dele é muito boa e os personagens são bem humanos (nada muito fantasioso) você acaba se apegando fácil a eles, o advogado é uma cara bem natural e em alguns momento engraçado ao relatar certas situações que passou. Se tem um livro que indico sem arrependimentos é esse.