quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O último adeus - Cynthia Hand


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É narrado em primeira pessoa por Lex, que ao passa por uma tragédia em família frequenta um terapeuta e esse pede que ela escreva um diário contando como ela se sente, o diário não precisaria ser lido por ninguém só se ela desejasse. Há sete semanas o irmão de Lex cometeu suicídio, deixando apenas um pequeno bilhete para a mãe, Lex acredita que se tivesse falado com seu irmão momentos antes do ocorrido ela teria conseguido salvá-lo, como ela não conseguiu ela se sente culpada, mesmo que não demonstre para os outros ela através do que escreve no diário descreve o processo de perda, dor e recuperação que a mãe e ela estão passando.
Há momentos da leitura que achei que o livro iria entrar nas questões espirituais iria seguir o lado mais espirita, mas Hand soube por na medida certa as questões sobre o suicídio, sobre a perda e sobre a religiosidade, a autora trabalhou bem um tema forte e doloroso. A maneira que ela escreve sobre o que a mãe e a irmã de Tyler ficam depois de seu suicídio, os olhares, os julgamentos o preconceito  e a família enfrenta somado com a dor da perda precoce e premeditada de alguém que ama, a autora sobre criar um ambiente de tensão, apreensão, perda, porém com um ar de saudade. Me senti familiar a Tyler, me senti amiga dele, não entendi por que ele se matou, acredito que não entenderei mesmo se ler o livro mil vezes, mas compreendi que as palavras escritas no post it eram tão fortes e verdadeiras que ele não achou outra saída. É claro sempre há uma saída, porém como leitora procurei analisar os dois lados o do Tyler e o da mãe e irmã, a perda de quem se ama é muito ruim e viver sem se sentir completo e feliz também é ruim, são pesos diferentes. O livro traz um tema difícil de digerir, mas um tema real.
Gostei da escrita e do desenrolar da história é um bom livro, um livro que vai fazer você pensar muito nele depois de ler.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A Bela Adormecida na geladeira (Primo Levi) - Quinta do Conto

Resultado de imagem para A Bela Adormecida na geladeira - Primo LeviÉ uma peça cujo cenário é Berlim no ano de 2115. Em uma reunião de amigos, a dona de casa Lotte é a personagem que informa ao leitor o que está acontecendo, essa personagem não está feliz pelo que irá acontecer, ela se mostra entendiada. A reunião é um acontecimento especial para todos pois marca o aniversário de Patricia (19 de dezembro)que é um evento habitual para família. O evento trata-se do descongelamento de Patricia que em 1975 ela foi escolhida para hibernar pelo Comitê Científico presidido por Hugo Thorl avô do dono da casa, motivo que levou ao evento ser uma herança familiar.
Peter Thorl atual proprietário de Patricia se mostra um sujeito entusiasmado pelo evento aos poucos o leitor percebe que ele nutre uma paixão por Patricia.
Os convidados chegam para o evento e a narrativa se desenvolve durante a noite e inicio da manhã na qual Patricia é descongelada convive com os seus espectadores e resolve deixa sua escravidão congelante.
O conto é magnífico, de fácil leitura e surpreendente. Tem como tema a ciência e o ser humano como objeto.
Os próximos contos serão de terror, pois entraremos em outubro mês do Halloween, então só irei postar os contos no dia da análise. 






sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Sem enfeite nenhum (Adélia Prado) - Quinta do Conto

Conto escrito no ano de 1979, narrado em primeira pessoa pela menina que conta que a mãe era muito devota e que considerava o estudo a coisa mais inteligente do mundo, a mãe que não gostava de nenhum enfeite, pois parecia lhe perturbar e considerava coisas sem importâncias e quando ganhava qualquer presente teimava em colocar defeitos por conta dos enfeites.
A narradora da história revela ao leitor através de uma narrativa simples e com falas coloquiais de fácil  compreensão e prazerosa de se ler é um conto bem curtinho que revela o desapego pelas coisas luxuosas e a devoção pela simplicidade. Em alguns livros esse texto é marcado como crônica em outros como conto. Poe isso resolvi postar sobre ele.


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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O Rapa-carniça (Robert Louis Stevenson) - Quinta do Conto

O trabalho dele era apenas pegar o corpo, pagar por ele, e adicioná-lo ao estoque para que os alunos de medicina da instituição pudessem praticar as teorias aplicadas em seu curso. Seu trabalho era esse. Simples. Até receber o corpo de uma jovem que, até o dia anterior, estivera com ótima saúde  De onde vem estes corpos afinal? E qual é o preço a ser pago ao descobrir esta resposta?
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O conto narra a história de Fettes, um beberrão, história da época que ele foi um estudante de medicina e seu trabalho de ajudar a preparar e encontrar os corpos para serem utilizados durante as aulas, trabalho que não era nada correto.
Nesse trabalho pessoas conhecidas de Fettes tornaram-se instrumentos de estudos dos futuros médicos, Fettes a principio desconfiava de que os defuntos que iam parar na instituição foram assassinados, e que não era condescendência eles estarem irem parar lá. 
Um certo dia um senhor de nome Gray conhecido a pouco por Fettes, mas conhecido de Macfarlane (outro futuro médico do instituto que também providenciava corpos para os estudos) surge e parece saber como os corpos são providenciados, esse conhecimento de Gray o deixa em apuros e ele se torna a um dos corpos que vai parar no instituto de medicina, Fettes após o ocorrido com Gray (quem acabara de conhecer) fica transtornado em preparar o corpo para que seja utilizado na aula, mas guarda segredo. Tempo depois Fettes e Macfarlane são incumbidos de providenciar outro corpo e dessa vez é de uma mulher recém falecida, ao irem pegar o corpo no cemitério no caminho comedidos de terror abrem o saco em que se encontrar a defunta e se deparam com algo diferente. 
Toda história é narrada por um amigo de Fettes que fica sabendo pelo mesmo do que acorreu com Fettes e por que seu espanto ao se encontrar com Mcfarlane, já médico formado, anos depois.
É um conto de suspense, não me surpreendi com o fim, já previa o que iria acontecer desde a metade da leitura, porém é um conto bom e rápido de ler.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Momento nostalgia: As Guerreiras Mágicas de Rayearth

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Um anime da década de 90 (baseado no mangá de mesmo nome) que conta a história de três garotas que são transportadas para o o reino mágico de Rephir, chegando nessa terra estranha elas descobrem que foram chamadas pela princesa Esmeralda que foi presa pelo feiticeiro Zagard e que por causa disso Zephir está se deteriorando e sendo invadido por forças malignas. Lucy, Marine e Anne são a única esperança de liberdade da princesa Esmeralda e consequentemente de que Zephir seja salvo e volte a ser um mundo lindo e pacifico. Para combater os inimigos elas recebem luvas mágicas que lhes dão poder e cada uma passa a dominar um elemento da natureza: água, fogo e ar, tornando-se guerreiras.

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Elas são guiadas por Mokona um bichinho que possue uma joia vermelha mágica na cabeça que lhe concede poderes e ajuda as garotas quando necessário.
O anime está entre os melhores da década de 90, gostava muito da premissa do anime e as personagens são inesquecíveis, está ai uma dica de anime bom. No youtube tem alguns episódios.

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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Pai contra Mãe (Machado de Assis) - Quinta do Conto

O conto é narrado em 3ª pessoa, nesse conto Machado nos relata a história de um caçador de escravos fugitivos e mostra ao leitor como a escravidão podia ser cruel, relatando de uma maneira realista e impressionante, sendo esse tema o foco da história.
Resultado de imagem para pai contra mãe machado de assisÉ um texto irônico, que utiliza relatos históricos sobre a escravidão, descrevendo as barbaridades que os escravos sofriam. Candinho a personagem principal é um homem que não se prende em nenhum trabalho, o único que consegue e que parece gostar é ser um caçador de escravos fugitivos, ao casar ele e sua esposa são pressionados pela tia da Clara (esposa) a não term filhos até que Candinho tenha um trabalho melhor, porém Clara engravida e a tia perturba ainda mais o casal aconselhando que eles deem o bebê assim que nascer, pois acredita que passaram fome, mas Candinho afirma que nunca deixará isso acontecer, porém começam a surgir vários caçadores de escravos na região e o serviço fica escasso, Candinho e a família começam a sentir a falta do dinheiro e com a tia pressionando sobre a adoção do bebê. Quando o bebê nasce não resta outra solução a não ser coloca-lo na roda para adoção, quando Candinho vai levar o garoto para o local de despacho de bebês indesejados ele ver uma escrava fugitiva que o preço pela sua captura é muito bom e vai tirar a família do aperto, então ele resolve ir atras da escrava e consegue resolver seu problema, porém os acontecimentos que permeiam a história de Candinho e a brutalidade que é mostrada na história é bastante intensa. Candinho é uma personagem que parece não ter remorsos, Clara é uma personagem sem força de vontade e sua tia uma mulher amarga. Esse é um conto repleto da realidade cruel e amarga do Brasil escravagista.

Próximo conto: O rapa-carniça - Robert Louis Stevenson

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Outlander: A libélula no âmbar (Diana Gabaldon) Diário de Leitura - Parte III


COM SPOILERS

Semana passada resolvi não fazer a postagem dos sábados sobre o Diário de Leitura, pois pretendia terminar a leitura toda e só consegui terminar no domingo, portanto vamos para as considerações finais do segundo livro da saga Outlander.

Como antes mencionado algumas personagens históricas foram introduzidas na narrativa, personagens que tiveram grande importância na história da França. Inglaterra e Escócia. Nossas personagens principais se encontram com Charles Stuart (Prince Bonnie) que vive exilado e sem apoio de seu primo Louis e os banqueiros que se recusavam a ajudá-lo com a causa jacobita. Enquanto Jaime ajuda Charles Stuart com seus planos ao mesmo tempo tenta barrar a causa jacobita de se erguer e em meio as tramas Claire e Jaime  encontram o antigo inimigo Jack Randall que todos pensavam está morto aparece em na corte parisiense para ajudar o irmão Alex Randall.

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Claire se depara com o destino de Frank nas mãos de Jaime, quando Jaime chama Jack Randall para um duelo, ato proibido na França,  Claire faz de tudo para que o duelo não ocorra. pois ela acredita que se Jack morrer Frank não chegará a nascer, pois Frank é descendente direto de Jack, porém o duelo ocorre Jack é gravemente ferido e Jaime preso na Bastilha. Claire perde a criança que esperava e após sua recuperação resolve ir pedir ao rei Louis pela liberdade do marido, no encontro com o rei ela tem que provar seus dons de Dama Branca (mentira que Jaime criou sobre Claire). 

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Jaime e Claire são convidados a ir embora da França o rei francês consegue que Jaime seja perdoado e o casal retorna para Lallybroch, mas a calma não dura, pois o príncipe Charles Stuart consegue seguir em frente com o levante, o nome de Jaime é posto na lista dos seguidores de Charles (mesmo sem Jaime querer), com isso Jaime e Claire se veem novamente em meio ao massacre eminente dos escoceses e da cultura escocesa.

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O dia da batalha de Culloden chega, Claire percebe que não pode mudar a história e tenta outras maneiras de parar o avanço das tropas de Charles Stuart, porém todas as tentativas falham e apenas resta salvar as pessoas que puderem antes do final. 
Jaime leva Claire para Craigh na dun para que ela retorne para o tempo a que ela pertence e possa se salvar e salvar a criança que espera. O livro termina com Claire contando a história para Roger wakefield e tentando provar a Brianna que está falando a verdade sobre o ocorrido em 1945. 
A história de Gabaldon não deixa pontas soltas, as personagens são bem amarradas ao enredo, tanto as personagens fictícias quanto as verdadeiras que foram inseridas na narrativa para dar mais força a história de Gabaldon. A narrativa é bastante intensa detalhista, muito bem feita, as personagens bem realista, um livro que é difícil de esquecer e com personagens impossíveis de não se apegar.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A mão do macaco (W. W. Jacobs) - Quinta do Conto

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Em A Mão do Macaco,há um ar irônico voltado sobre os desejos humanos, principalmente aqueles que são falados antes de serem pensados e planejados calmamente. A historia é contada por um narrador onisciente e nos coloca a par da história da família White e uma misteriosa patinha de macaco que pode conceder ao seu portador a realização de três desejos. Após essa pata de macaco entrar na vida dessa família eles resolvem pedir uma quantia em dinheiro para quitar uma divida, fazem o pedido mais pela curiosidade de saber se realmente é verdade o poder mistico do amuleto, o antigo dono da pata de macaco falou que os desejos são realizados de forma que parecem até serem mera coincidência, portanto como o dinheiro não chega tão rápido como o esperado eles acreditam que foi apenas uma história inventada. Depois de um tempo o Sr. e Sra. White recebem uma visita informando da morte de seu único filho e que para ressarcir a família pelo sofrimento a empresa qual o filhos dos White trabalhava irá lhes dar 200 libras, que por sinal foi a mesma quantia que eles pediram a pata do macaco algum tempo atras. O corpo do filhos dos White ficou irreconhecível, pois foi esmagado. Os pais enterram o filho, porem a Sra, White não consegue se conformar e sofre demasiadamente pela perda do filho, e exige que o marido faça o segundo pedido ao amuleto e que esse pedido seja que o filho volte a vida.
Algum tempo depois a Sra. White escuta batidas do lado de fora da casa e desesperada lembra do pedido e acredita ser o filho tentando entrar em casa. Assustado o Sr. White pede para que ela não abra a porta, mas na euforia de ver o filho vivo novamente ela corre até a porta e enquanto tenta abrir o senhor White pensando no estado que o corpo do filho se encontrava em morte se desespera com a terrível imagem mental que tem sobre a figura do filho e faz um terceiro pedido a pata de macaco.  Ao abrir a porta ambos veem apena a rua deserta. 
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Esse conto é fantástico instiga o pensamento do leitor e nos faz questionar sobre o que realmente ocorreu com as personagens, encontramos algumas características  e influência aos contos de Edgar Allan Poe, como o cenário lúgubre, o tema de morte e mistério etc. Gostei bastante é um conto curtinho e prazeroso de se ler, para quem quer uma leitura rápida está ai uma maravilhosa e fantástica estória de suspense.


O próximo conto será: Pai contra Mãe - Machado de Assis

Conta ai o que você achou do conto.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Fale! - Laurie Halse Anderson

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Fale! conta a história de Melinda uma garota que tornou-se detestada por todos seus amigos após telefonar do meio de uma festa promovida por adolescentes do ensino médio de sua escola, nessa festa algo aconteceu e por isso Melinda telefonou para a polícia, porém a própria Melinda não ficou para falar o que tinha acontecido e mesmo depois de tudo e de enfrentar bullying de suas ex-amigas e de alguns alunos Melinda ainda não consegue falar, e aos poucos deixa de falar sobre qualquer coisa, deixa de dar sua opinião, pois acredita que isso não tem importância e aos poucos o simples ato de falar se torna doloroso e desnecessário para ela.


Quando comprei o livro pensei que ele iria seguir mais sobre a premissa do bullying escolar e focar nisso, porém nessa história, nos deparamos com o mundo fechado daqueles que não conseguem expressar suas dores, angustias, sofrimentos através da fala, nesse caso a Melinda ela se retrai, deixa de se expressar para suas amigas, seus professores e seus pais, pois a mesma não acredita que essas pessoas possam ajudá-la ou entender o que acontece e aconteceu com ela.
Gostei muito da narrativa em primeira pessoa, pois deu pra sentir toda angustia e medo que a Melinda sentia, a narrativa nós deixa a par do que aconteceu com ela aos poucos, e nos mostra como ocorreu o processo de isolamento da personagem, ela em muitos momentos até se surpreende ao percebe que sua mãe percebeu que ela não estava mais falando. Ele realmente deixa de conversar com as pessoas ela prefere se afastar do que falar.
Para quem não gosta de spoilers infelizmente o livro entrega o que aconteceu com Melinda muito antes do leitor começar a ler a história em si, pois nas páginas pré-textuais tem um poema que revela veladamente o que a personagem tenta esconder e não falar desde o começo da história, porém isso para mim não tirou o encanto da leitura.

Se você já leu comenta ai o que achou.



domingo, 28 de agosto de 2016

As Meninas - Lygia Fagundes Telles



Estou eu aqui com ressaca literária após ler o livro As Meninas da escritora paulistana Lygia Fagundes Telles. Apesar de depois da leitura eu ter definido a obra como uma das melhores que já li, confesso que não foi uma leitura fácil, a minha ressaca não provém de uma noitada de leitura ininterrupta, pelo contrário, as doses eram tão fortes que degustei-a tão vagarosamente que demorei mais de uma semana para ler um livro com cerca de 250 páginas por considerar certos capítulos um pouco pesados, o que torna a ressaca ainda pior. 

O livro, narrado sempre em primeira pessoa com fluxos de consciência das personagens que por vezes se misturam num mesmo capítulo, traz a tona a introspecção de personagens bem complexas e, por vezes, problemáticas. Mas por que eu gostei tanto de um livro tão tenso como esse? A questão é que tenho queda por livros que mexem comigo, positiva ou negativamente e esse mexeu de todas as formas possíveis, desde meus sentimentos até meu próprio psicológico. Mas bem, vamos por partes, go to the enredo!

A história de todo o livro basicamente gira em torna das três narradoras: Lorena, Lia e Ana Clara (mas por vezes podemos ver a presença de um narrador onisciente), todas universitárias, que moram num pensionato de freiras em São Paulo. É ambientada em torno da ditadura militar, mas esta não é o enfoque principal do texto, embora seja possível se deparar com alguns fatos e depoimentos que funcionam como plano de fundo, Lygia foi muito corajosa e ousada ao publicar tal livro nestas circunstâncias, se não me engano em 1973, quando a censura ainda pairava sobre todos, no livro, inclusive, ainda é possível ter acesso a um depoimento de uma vítima das torturas ocorridas na época, depois descobri que este fora o primeiro relato publicado, isso, somado a escrita e aos tantos assuntos tabus encontrados no livro (masturbação, homossexualidade, liberdade feminina, drogas, etc.) pude perceber que Lygia Fagundes Telles é uma escritora a frente de sua época, antes disso só havia lido o conto de sua autoria Venha ver o pôr do sol, que tem um estilo mais sombrio que também me cativou, mas por descuido meu, acabei não dando continuidade a conhecer as suas obras até esta ser indicada e me fazer querer começar isso a partir de agora.

A personagem mais presente no livro é a Lorena, a estudante de Direito, burguesa, delicada e sonhadora, é muito se comentado sobre a sua virgindade, pois a mesma a guarda para a sua grande paixão, M. N., homem casado e pai de família que a ilude com cartas de amor e com telefonemas que nunca acontecem (alguns fatos ocorridos durante o enredo me fazem questionar a sua existência, mas é uma visão subjetiva, e quem ler irá entender o porquê desta minha teoria, mesmo que não concorde). Lorena, apesar de pensar em coisas muitas vezes encaradas como fúteis, costuma ajudar as amigas, seja com um conselho ou em situações financeiras, já que dinheiro não lhe é problema, mas por vezes essa preocupação chega a ser até controladora, não são raros os momentos em que alguém entra no seu quarto e ela vai logo induzindo a um banho, limpando uma sujeirinha aqui ou ali da roupa do outro ou até colocando a blusa para dentro da calça do visitante, fato muito ocorrido com Lia, nossa segunda personagem meio desleixada, que faz curso de Ciências Sociais, embora falte mais que compareça às aulas. Está sempre envolvida em questões revolucionárias, assim como o seu namorado Miguel, repetidas vezes citado mas ausente devido a alguns problemas. Nunca abre mão de um discurso político, feminista, ou seja qual for o assunto em pauta de seu interesse, é a mais coerente e sensata, diria eu, pois diferente da sonhadora Lorena, que vive no mundo da lua pensando no amante e em casamento com enxurradas de fluxos de consciência de passado-presente, além do seu detalhismo com tudo, os capítulos com a Lia são mais tranquilos e também não chegam nem perto da confusão mental que é ao ler os capítulos com a Ana Clara, a que eu tive mais dificuldade de ler. Ana Clara é a estudante de Psicologia, mas pouco se interessa pelo curso, muito bonita e as vezes um pouco preconceituosa, sua vida se resume a drogas e sonhos com um futuro que lhe garanta riqueza e conforto, tem um noivo rico, mas este também não aparece na história (foi um fato que achei curioso na história, pois as grandes paixões das meninas, embora constantemente citadas, são elementos de segundo plano do qual não se tem contato direto), no entanto, Ana Clara tem um Amante, o contrabandista de drogas, e quase todas as partes do livro que a envolve inclui um diálogo entre eles misturado a lembranças de um passado difícil com a sua mãe. 

Muitas pessoas não gostam do final do livro pois incluem atitudes que possam deixar as pessoas incrédulas, mas de certo modo ele transmite uma certa reflexão a respeito das circunstâncias da época, e apesar de ter me deixado mal, não o considero ruim. 

Bem, estas são as minhas reflexões e visões a respeito do livro, provavelmente ainda vou passar alguns dias pensando nele, pois ele é desses que faz você ficar refletindo e analisando-o, talvez até surja novos pontos de vista neste processo, mas por enquanto este é o meu parecer. Espero que tenham gostado, e não deixem de comentar! 

Obs.: Há uma adaptação do livro para o cinema de 1995 que ainda pretendo ver, fica a dica também para quem se interessar. Comento-o em uma outra oportunidade. ;)


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O elixir da longa vida (Honoré de Balzac) - Quinta do Conto

O conto narrado em 3ª pessoa onisciente, narra a trajetória de Don Juan Belvidero, começando pela morte de seu pai e mostrando a vida leviana que este levava até o seu desfecho. A história começa numa noite de festa na mansão dos Balvideros, enquanto Don Juan aproveitava sua festança seu pai jazia moribundo em seu quarto, em meio a festa um doa empregados chama Don Juan e lhe fala que seu pai está morrendo e que está chamando por ele (o filho), chegando ao quarto do pai Don Juan ver a figura de seu pai muito degradada. O pai confessa a Don Juan que descobriu como viver novamente e explica sem muitos detalhes o que quer que seja feito, mas Don Juan acha que seu pai está delirando, assim que o velho morre todos os proclamas são providenciados, porém o que o pai disse a Don Juan fica em sua mente e ele resolve fazer o que o pai lhe pediu, mas ao ver que o pai lhe falou a verdade sobre o elixir ele decide não continuar com os preparativos para a volta a vida do seu pai e interrompe de forma cruel o primeiro movimento de vida presente no corpo de seu pai.
Na segunda parte do conto Don Juan aproveita sua vida e a herança de seu pai, com o passar dos anos casa-se e tem um filho. Quando se encontra na mesma condição de seu pai próximo a morte pede a seu filho que unte seu corpo com o elixir assim que a morte chegar e seu corpo ainda estiver quente, Don Juan utiliza a bondade e crença o filho ao seu favor, assim sendo o garoto faz o que lhe foi pedido pelo pai na hora da morte, porém as coisas não dão muito certo e Don Juan volta a vida, mas não da forma que sonhou.

O Conto é uma critica aos costumes burgueses, cheio de ironia que chega a ser cômica no fim da história, faz critica a religião cristã. O conto é recheado de uma narrativa que mistura o real e o fantástico, fazendo com que o leitor queira chegar ao fim da história, pois em algumas partes a narrativa é um pouco monótona, por causa das descrições muito prolongadas (minha opinião). É um conto interessante e que faz o leitor pensar sobre a ironia da vida.


Boa leitura
Comenta o que você achou do conto.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

A mão misteriosa - Agatha Chirstie

crime yorkshire escritor desaparecimento

Terminei essa semana de reler esse outro livro de Agatha Christie, nesse ela traz para desvendar o assassino misterioso Miss Jane Marple.


Resultado de imagem para a mão misteriosa agatha christieResumo: A cidadezinha de Lymstock só oferecia paz e tranquilidade, e seus habitantes aparentemente tinham tudo para serem felizes. Até que uma mão, dissimulada, começa a semear o conflito, o escândalo e, aos poucos, irrompe no terreno do crime, da atrocidade... por correspondência.
Vêm à tona então todas as reservas de desconfiança e de maledicência e a cidadezinha passa a ferver. Um assassino extremamente calculista e cruel continua à solta, tramando desgraças.
Em meio a tudo isso, só os olhos de miss Jane Marple não se deixam enganar: conseguem ver através da noite - e da névoa onde tantos vão se perdendo.

Essa história não me agradou muito, apesar de não lembra se já tinha lido, achei o desfecho um tanto previsível e teatral. O desenvolvimento da narrativa é muito lenta e as vezes chatas, o clima de mistério em algumas partes é muito bom, porém o desfecho do mesmo a descoberta do assassino não me agradou, pode funcionar para alguns, mas acredito que não foi legal para mim, por eu ter lido outros livros da autora que ela usa a mesma formula no desenvolvimento e desfecho da história.

O narrador em 1ª pessoa, só vemos e sabemos o que ele vê e descreve para  leitor, muito do que ele descreve nos leva a olhar para todos como pessoas suspeitas, toda a pista de quem é o criminoso o narrador oferece de bandeja, pelo menos no meu caso percebi logo quem poderia ser, mesmo que em alguns momentos tivesse dúvidas, esse foi fácil de descobrir.
Fiquei me perguntando quando Miss Marple iria aparecer, ela demora a surgir na história, aparece e conversa duas vezes com o Sr. Burton (o narrador) e já sabe quem é o culpado.
Indico, pois Agatha consegue prender o leitor até o fim, mesmo que tenhamos certeza de como a história terminará, esse e outros livros dessa autora é um ótimo exercício mental é uma leitura  agradável.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Todo dia - David Levithan

Resumo: Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.

Confesso que comecei a ler esse livro com desconfiança por que o foco central me lembrou muito Romeu Imortal/ Julieta Imortal, na questão de troca de corpos etc, mas que bom que me enganei. O livro de Levithan tem uma estrutura narrativa muito bem feita, gostei da premissa de que o ser de nome A não tem gênero definido, ele é só um ser que acorda todo dia em um corpo diferente seja homem ou mulher sem se preocupar qual sexo ele tem. 


Levithan mostra de um jeito doce, lindo e puro a forma de amar olhando para dentro das pessoas, sem se preocupar com sua aparência. A se ver com difícil tarefa de fazer-se ser amado pela pessoa por quem está apaixonado, mas como fazer isso se você está em corpos diferentes TODOS OS DIAS?, mesmo assim ele não desiste.
O próprio A considera-se um mistério, ele busca viver cada dia sem interferir na vida do corpo que está habitando, ele é um ser que procura viver, apenas viver da melhor forma puder, mesmo que seja em corpos diferentes. 

Levithan em algumas partes da história coloca de uma maneira poética os sentimentos de A e sua maneira de ver e viver, o autor criou diversos personagens quais A habita com cargas emocionais tão bem estruturadas quais A tem que conviver pelo dia que está no corpo delas gerando assim um imenso mistério sobre o que acontece com essas pessoas depois que A vai embora, o leitor fica questionando sobre isso junto com o personagem A. Fiquei pensando angustiada no final do livro, sobre como iria terminar, se seria algo muito fantasioso, fora da estrutura narrativa que o livro carrega desde o começo, temia detestar o fim, pois estava amando a história, mas me surpreendi com o final, apesar de triste achei o fim muito bem feito, sem exageros ou com um plot twist ridículo.
É uma leitura leve, um romance diferente e muito bom.

Livro de David Levithan.:

Você já leu? Gostou? Detestou? comenta o que achou do livro.
Bjs :)

sábado, 20 de agosto de 2016

Outlander: A libélula no âmbar (Diana Gabaldon) Diário de Leitura - Parte II


Outlander: A libélula no âmbar (Diana Gabaldon)  Diário de Leitura - Parte I

COM SPOILERS

Na primeira parte dessa leitura fiquei na página 100 e agora estou na página 245, li pouco eu sei, mas estou lendo outros livros fora esse, mesmo lendo poucas páginas resolvi postar sobre os acontecimentos que se desenvolveram na história.
Claire consegui fazer um novo inimigo, que segundos alguns personagens é muito poderoso e pode tentar matá-la, já não bastava o Jack Black Randall agora temos esse novo "vilão" que é nada mais que o Conde de St. Germain (se você nunca ouviu falar dele dá uma pesquisada ele foi uma pessoa bem interessante). Claire e Jaime ficão bem conhecidos na corte parisiense tão conhecidos que conhecem e participam da alta roda de Paris conhecendo também o rei Louis XV.
O motivo para Jaime e Claire estarem na França (que é tentar parar o levante jacobita) é um pouco deixado de lado, a narrativa passa a focá-se mais na vida e envolvimento deles com as pessoas de influências da França, porém o plano é trazido a tona por Jaime em um momento de angústia quando ele revela para Claire temer que todo o trabalho deles seja em vão e que o levante ocorra levando a Escócia a derrota eminente.
O romance e o amor entre as personagens ganha um foco menor porém muito intenso nas declarações simples e lindas de amor que Jaime faz a Claire.

" Bem, vou lhe dizer, Sassenach (Claire), "graciosa", provavelmente não é a primeira palavra que me ocorre à mente quando penso em você. (...) Mas eu converso com você como se conversasse com minha própria alma."

Durante a leitura do primeiro livro e até nessas páginas que já li nesse segundo livro, me perguntava sobre Frank (o primeiro marido de Claire) e se ela esqueceu dele assim tão rápido e fácil, e sobre o que aconteceu com ele quando ela desapareceu, mas ainda não é explicado, porém Gabaldon não deixa Claire nem o leitor esquecer dele, a autora coloca momentos na narrativa que fazem Claire pensar em Frank, achei essa parte muito boa,  até  por que Claire agora ama Jaime, mas ela amou muito o Frank isso é tão claro que ela não tirou a aliança do casamento (ela usa as duas alianças) e acreditava que ela abandonar as lembranças e o amor que ela sentia por Frank assim tão rápido faria a história muito fantasiosa, contudo tem uma parte na narrativa que ela sonha com Frank e o leitor percebe que ela ainda tem um enorme carinho por ele, e que pensa nele e como o seu desaparecimento pode ter feito muito mal a Frank.
Apesar de não ter gostado muito do começo do livro pelo simples fato que se passou vinte anos, e que são vinte anos de Claire e Jaime separados, sabendo que a explicação para esse tempo transcorrido está no fim do livro (ou no terceiro livro) e foi por isso que desgostei um pouco.

São calhamaços gostosos de se ler.
Espero que tenham gostado.
Deixem comentário dando sua opinião.
Bjs e até a próxima postagem

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Miriam (Truman Capote) - Quinta do Conto

Esse conto de Capote nos traz uma senhora de sobrenome H.T. Miller que vive sozinha em um apartamento, que não tem amigos e que não mal fala com seus vizinhos, ela é uma pessoa um tanto solitária, porém só se dar conta sua solidão quando percebe que em momentos de desespero não tem a quem recorrer. Essa senhora encontra uma garota de aparência estranha e a menina pede para a senhora Miller compra a sua entrada para o cinema, pois não deixariam ela entrar caso ela fosse comprar sozinha. A senhora Miller a ajuda e a partir daí a garota aparece no apartamento da senhora Miller e tira sua vida dos eixos, porém de uma maneira bem misteriosa e um pouco assustadora.
O conto é narrado em 3ª pessoa, narrador onisciente. Existe uma duplicidade presente na construção das personagens, em algumas partes do conto acreditamos que uma é o reflexo da outra (mais nova) até mesmo que a Miriam é um desejo guardado a muito tempo na mente da senhora Miller (desejo maternal) que ganhou "vida" e agora a atormenta.
Outros momentos o leitor pode achar que Miriam é um fantasma agourento que aparece para assombrar a senhora Miller. As interpretações sobre o conto e as personagens é um leque de possibilidades. O conto é gostoso de se ler e fixa na mente, gera discussões prazerosas sobre o enredo, personagens e cenário que se passa, e podemos contar com aquele friozinho na espinha com o fim do conto que faz arrepiar os cabelos (leiam). 

Sobre minha percepção das personagens acredito que Miriam faz parte da senhora Miller, e que a garota seja um sonho que a senhora teve ou tem sobre a companhia perfeita para sua solidão, porém a aparição da garota é tão fantástica e abrupta que isso assusta consideravelmente a senhora Miller, que já se acostumou com sua vidinha sem muita emoção, porém percebemos que lá no finalzinho do conto, que a senhora Miller mesmo relutante sente falta e quer aceitar que precisa da garota e a garota precisa dela, pois ambas se completariam e se complementariam. 
Claro posso está errada, pois como disse o conto abre um leque de considerações e cada um é um mente e mentes pensam deferentes.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Alter Bridge e Audioslave – Quando o fim é o recomeço.

Todos nós sabemos que muitas bandas acabam chegando ao seu fim, por diversos motivos. Isso é algo triste, pois muitos fãs ficam a ver navios com seus ídolos se separando, interrompendo carreiras promissoras muitas vezes apenas por incompatibilidades de ideias internas.
Mas existem casos onde a destruição leva a construção, ao renascimento. Nessa situação, podemos citar as bandas Creed e Rage Against the Machine, que acabaram originando Alter Bridge e Audioslave, respectivamente.

  
Creed é uma banda de post-grunge norte-americana formada em 1995 na cidade de Tallahassee, originalmente idealizada pelos amigos Scott Stapp (vocal) e Mark Tremonti (guitarra), tendo Scott Phillips (bateria) e Brian Marshall (contrabaixo). A banda emplacou diversos sucessos nos anos 90 e inicio de 2000, entre eles as mais conhecidas With arrms wide open e, My sacrifice e One Last Breathe. Após a saída de Scott Stap, em junho de 2004, para seguir carreira solo, o que parecia o fim de uma trajetória brilhante deu origem a uma nova banda, nomeada Alter Bridge. O nome se deve em homenagem à uma ponte localizada na cidade de Mark Tremonti, local esse que sua mãe sempre o proibia de ir. O uso do nome foi uma alusão à ir mais longe, em locais antes inalcançáveis, tomar novos rumos.
A banda foi formada a partir da união dos integrantes da formação do Creed, unidos ao ex-vocalista da banda The Maynfield Four, Myles Kennedy, e emplacou musicas excelentes, dentre elas Open your Eyes, In loving Memory Watch Over You.
Com o retorno do Creed às atividades em Abril 2009, esperava-se o fim da banda, mas isso não aconteceu, e os projetos seguiram em paralelo. E 2012 o Creed entrou em hiato novamente, mas o Alter Bridge continua na ativa, e lançou seu último disco em 2013, intitulado Fortress.
Caso parecido aconteceu com a banda Rage Agaisnt the Machine. Formada em 1991, o grupo é composto por Zack de la Rocha (vocal), Tim Commerford (vocalistabaixista e backing vocals), Tom Morello (guitarra) e Brad Wilk (bateria). O RATM, como é conhecido pelos fãs ficu conhecido por suas letras ácidas de protesto, sendo umas das bandas mais polêmicas da década. Sucessos como Guerrilla Radio, Killing in the name off Fuck the Police mostram a mistura de instrumental pesado e vocal inspirado no Rap que levou o RATM ao topo das paradas.



Em Outubro de 2000, o vocalista Zack de la Rocha abandonou a banda para seguir seus projetos pessoais, que incluíram o EP da banda One day as a lion, uma mistura de Rock, Metal, Rap e Punk, mas que não chegou a passar disso: Um único disco com três faixas (diga-se de passagem, excelentes, com destaque para Wild International). Ao mesmo tempo que Zack seguia seu caminho, os demais integrantes do RATM se uniram a Chris Cornell, ex-vocalista do Soundgarden, e formaram o Audioslaveum projeto com uma sonoridade diferente e única, mas mantendo os solos característicos de Tom Morello. A banda lançou três álbuns de sucesso, recebendo três indicações ao Grammy e emplacando sucessos como Like a Stone, Gasoline Show me how to live, e conquistou seu espaço no cenário musical.
Em 2007, Cornell anunciou sua saída da banda, e os demais integrantes anunciaram a reunião do RATM, para um retorno que deveria ser momentâneo, mas terminou por se estender até os dias atuais. Cornell anunciaria também a reunião do Soundgarden mais tarde, em 2010.


Como pudemos ver, as vezes o aparente fim da origem a novos começos, que terminam por nos apresentar novos projetos excelentes, trazendo diversidade para nós fãs. Resta apenas torcer para que mais casos como esse aconteçam no fim de bandas conhecidas, para que tais talentos não se percam e sejam esquecidos. 

Confira algumas músicas dessas bandas.






domingo, 14 de agosto de 2016

That '70s show



Continuando nesta vibe meio retrô desde a minha publicação sobre Stranger Things, vou falar hoje sobre uma série também atemporal, mas que não é nenhuma novidade, tendo em vista que é uma produção dos anos noventa, no entanto, vivenciada na época dos anos setenta. Apesar de ter feito muito sucesso na época e ser exibida em várias emissoras aqui no Brasil, não vejo ou ouço muitas pessoas falarem se já assistiram, então, vou deixar a dica para as demais pessoas que, assim como eu, demoraram a conhecer esta produção tão maravilhosa.



Conheci That '70s show através da indicação de uma amiga e desde então não consegui mais parar, considero-a uma das séries mais engraçadas e divertidas que já vi, dessas que você não consegue conter o riso alto enquanto assiste sozinho e faz com que as pessoas ao redor te achem um louco. Uma das motivações para que eu visse a série além do fato de ser muito engraçada e retratar uma década tão encantadora quanto os anos 70 foi o maravilhoso elenco, que inclusive lançou talentos hoje famosos como Ashton Kutcher, Mila Kunis, Topher Grace e a maravilhosíssima que está roubando a cena em Orange is the new black, Laura Prepon.




O enredo da série é bem comum, trata-se de um grupo de amigos adolescentes da década de 70 que se encontram, geralmente, no porão de Eric (parece que as produções americanas tem uma queda por porões) para conversarem e vivenciarem todos os seus dilemas de adolescentes, com assuntos que vão desde a própria amizade, relacionamentos amorosos e familiares, questões escolares e etc., tudo com direito a picolés, cervejas e brisas (se é que me entendem) que aconteciam no que eles chamavam de "o círculo", onde o cigarro era passado de um para o outro enquanto falavam, seguido por um efeito de câmera que seguia esse esquema. 



Por se tratar desta década, a série aborda assuntos bem típicos desta época como o que já deve-se notar, as drogas, o feminismo, questões econômicas e etc., com direito a gírias bem características também, man! 



Eu gostaria de falar de cada personagem de forma individual, pois cada um tem sua contribuição bem positiva e fundamental, talvez o que faz a série ser tão completa, em se tratando das características distintas dos personagens mas que ao mesmo tempo, promovem um equilíbrio bem agradável, entretanto o que eu acho mais legal é você descobrir esses personagens conforme a progressão da série (e também pra deixar vocês curiosos e irem assistir, rs). Outra coisa bem interessante em bem a cara dos anos 70, são as imagens totalmente psicodélicas nas trocas de cena, envolvendo os personagens ou elementos típicos do ambiente da década.




Curiosidades: 

O tema de abertura, a música In the street de Cheap Trick, sofre algumas alterações de temporada para temporada, como a posição/inclusão dos personagens sentados no carro e até o ritmo da música.



Muitos episódios da série são intitulados com nomes de músicas de bandas famosas da época como Led Zeppelin, The Who, Rolling Stones e Queen.



Em vários momentos em que os personagens ficam sonhando acordados, eles usam várias referências da cultura da época, sendo encenando programas ou cenas famosas de produções influentes como Star Wars, Liga da Justiça e Grease.